1. Os Estados de Cristo
Cristo passou por dois estados ou estágios: um de humilhação e outro de exaltação. Esses dois estados foram referidos na profecia (Isaías 52.13; 53.1-3; 53.11-12), e confirmados nos escritos do Novo Testamento (Filipenses 2.6-11; I Pedro 1.11).
Cristo passou por dois estados ou estágios: um de humilhação e outro de exaltação. Esses dois estados foram referidos na profecia (Isaías 52.13; 53.1-3; 53.11-12), e confirmados nos escritos do Novo Testamento (Filipenses 2.6-11; I Pedro 1.11).
1.1 – O Estado de Humilhação
O estado de humilhação da pessoa de Cristo ocorreu no fato da encarnação e na vida terrena até à morte. O Verbo preexistente se fez homem (João 1.1,14). Nessa encarnação Cristo humilhou-se (João 17.5; Filipenses 2.6-8; II Coríntios 8.9):
O estado de humilhação da pessoa de Cristo ocorreu no fato da encarnação e na vida terrena até à morte. O Verbo preexistente se fez homem (João 1.1,14). Nessa encarnação Cristo humilhou-se (João 17.5; Filipenses 2.6-8; II Coríntios 8.9):
– Ele ficou sujeito às leis físicas e humanas (Lucas 2.52; Gálatas 4.4);
– Como ser humano, ele, que é a segunda Pessoa da Santíssima Trindade, passou a ser, em tudo, dependente da Terceira Pessoa, o Espírito Santo (ele foi gerado pelo Espírito Santo – Lucas 1.34-35; ungido pelo Espírito – Mateus 3.16; conduzido à tentação pelo Espírito – Mateus 4.1; levado à cruz pelo Espírito – Hebreus 9.4; ressuscitado pelo Espírito – Romanos 8.11; fortalecido pelo Espírito para realizar as obras – Mateus 12.28, Atos 1.2, Atos 10.38);
– Deixou de desfrutar dos poderes divinos para sua vida própria (pelo menos na tentação – Lucas 4.3-4 – e na crucificação – Mateus 26.53 – foi isto que aconteceu);
– Como ser humano, ele, que é a segunda Pessoa da Santíssima Trindade, passou a ser, em tudo, dependente da Terceira Pessoa, o Espírito Santo (ele foi gerado pelo Espírito Santo – Lucas 1.34-35; ungido pelo Espírito – Mateus 3.16; conduzido à tentação pelo Espírito – Mateus 4.1; levado à cruz pelo Espírito – Hebreus 9.4; ressuscitado pelo Espírito – Romanos 8.11; fortalecido pelo Espírito para realizar as obras – Mateus 12.28, Atos 1.2, Atos 10.38);
– Deixou de desfrutar dos poderes divinos para sua vida própria (pelo menos na tentação – Lucas 4.3-4 – e na crucificação – Mateus 26.53 – foi isto que aconteceu);
Ele, voluntariamente, assumiu a condição de humano para sofrer com os homens nesse período de humilhação (João 10.17-18).
1.2 – O Estado de Exaltação
Pela ressurreição e ascensão, Cristo passou para o estado de exaltação. Voltou a receber aquela glória que ele tinha antes da encarnação (Atos 7.55; João 17.5; Filipenses 2.9-11). Nesse estado, Cristo assentou-se à destra de Deus, na glória que tinha antes da encarnação, e passou a exercer todos os atributos divinos.
Pela ressurreição e ascensão, Cristo passou para o estado de exaltação. Voltou a receber aquela glória que ele tinha antes da encarnação (Atos 7.55; João 17.5; Filipenses 2.9-11). Nesse estado, Cristo assentou-se à destra de Deus, na glória que tinha antes da encarnação, e passou a exercer todos os atributos divinos.
Os dois estados de Cristo refletem os dois estados da vida do crente: o de humilhação neste mundo, e o de exaltação na vida futura. Cristo participou da humilhação humana para que os crentes participem da sua glória divina, mas sempre nesta ordem: primeiro a humilhação, depois a glória (Hebreus 2.10; I Pedro 1.4,11). Assim como foi com o nosso Senhor, assim será também com os seus discípulos: primeiro as aflições, por fim a glória incomparável (Romanos 8.18).
2. Os Ofícios de Cristo
No Antigo Testamento havia três ofícios ou funções fundamentais na vida do povo de Deus: o de profeta, sacerdote e rei. Esses ofícios eram exercidos por homens escolhidos, ungidos e investidos na função. As pessoas que ocupavam estas funções cumpriam um papel muito importante para a vida do indivíduo e do povo na sua relação com Deus. De um modo geral, por estes ofícios, o povo ouvia a Deus (através do profeta), fazia-se representar diante de Deus (pelo sacerdote) e tinha o governo político (do rei). Em Cristo, os três ofícios foram reunidos e ele mesmo é o Profeta, Sacerdote e Rei. Assim ele é um mediador completo e perfeito.
No Antigo Testamento havia três ofícios ou funções fundamentais na vida do povo de Deus: o de profeta, sacerdote e rei. Esses ofícios eram exercidos por homens escolhidos, ungidos e investidos na função. As pessoas que ocupavam estas funções cumpriam um papel muito importante para a vida do indivíduo e do povo na sua relação com Deus. De um modo geral, por estes ofícios, o povo ouvia a Deus (através do profeta), fazia-se representar diante de Deus (pelo sacerdote) e tinha o governo político (do rei). Em Cristo, os três ofícios foram reunidos e ele mesmo é o Profeta, Sacerdote e Rei. Assim ele é um mediador completo e perfeito.
2.1 – Cristo como Profeta
O trabalho do profeta no Antigo Testamento era falar em nome de Deus. Ele interpretava os atos e os planos de Deus para os homens e orientava o povo nos caminhos traçados por Deus. Desta forma ele era um representante de Deus para o povo.
Cristo foi o verdadeiro profeta, anunciado desde Moisés (Deuteronômio 18.15). Os que creram em Jesus Cristo reconheceram ser ele o profeta que devia vir ao mundo (João 6.14; Atos 3.22). Ele revelou Deus e a sua vontade, não apenas com palavras, mas também em pessoa e obras (Hebreus 1.3). Sua revelação do Pai é final na história da humanidade (Hebreus 1.1ss).
Cristo realizou seu trabalho profético em diferentes épocas. De modo direto e pessoal, ele cumpriu sua função profética no período da vida terrena. Mas, na preexistência, de modo indireto, ele exerceu a função de profeta, falando através de mensageiros, humanos ou angelicais (João 1.9; I Pe 1.11). Também depois da ascensão, ele falou pelo Espírito Santo aos apóstolos (João 16.12, 13, 25; 17.26). E parece que na glória ele continuará revelando as coisas do Pai aos (I Coríntios 13.12).
O trabalho do profeta no Antigo Testamento era falar em nome de Deus. Ele interpretava os atos e os planos de Deus para os homens e orientava o povo nos caminhos traçados por Deus. Desta forma ele era um representante de Deus para o povo.
Cristo foi o verdadeiro profeta, anunciado desde Moisés (Deuteronômio 18.15). Os que creram em Jesus Cristo reconheceram ser ele o profeta que devia vir ao mundo (João 6.14; Atos 3.22). Ele revelou Deus e a sua vontade, não apenas com palavras, mas também em pessoa e obras (Hebreus 1.3). Sua revelação do Pai é final na história da humanidade (Hebreus 1.1ss).
Cristo realizou seu trabalho profético em diferentes épocas. De modo direto e pessoal, ele cumpriu sua função profética no período da vida terrena. Mas, na preexistência, de modo indireto, ele exerceu a função de profeta, falando através de mensageiros, humanos ou angelicais (João 1.9; I Pe 1.11). Também depois da ascensão, ele falou pelo Espírito Santo aos apóstolos (João 16.12, 13, 25; 17.26). E parece que na glória ele continuará revelando as coisas do Pai aos (I Coríntios 13.12).
2.2 – Cristo como Sacerdote
O livro de Hebreus descreve bem o exercício do ofício sacerdotal de Cristo. No Antigo Testamento o sacerdote era uma pessoa divinamente escolhida e consagrada para representar os homens diante de Deus e oferecer dons e sacrifícios que assegurassem o favor divino, e ainda para interceder pelo povo (Hebreus 5.4; 8.3). Mas o serviço era feito com imperfeição, quer pela fraqueza do sacerdote, quer pelo tipo de sacrifício que era oferecido.
Cristo realizou um sacerdócio perfeito. As duas naturezas, humana e divina, unidas nele, o ser caráter puro e o sacrifício de si mesmo tornam o seu sacerdócio ideal e perfeito diante de Deus. O seu trabalho sacrificial foi consumado, historicamente, na cruz (Hebreus 10.12,14). Seu sacrifício foi único e de valor eterno, portanto, suficiente para a redenção da humanidade, sem que haja necessidade de qualquer outro sacrifício por parte dos homens (Hebreus 10.10). O trabalho de intercessão ele realizou, de alguma forma, quando ele esteve na terra (João 17); porém, foi depois de oferecer o seu sacrifício que ele passou a exercer, especificamente, esse ministério de intercessão (Hebreus 7.25; 9.24). A base da sua intercessão é o seu sacrifício (I João 2.1,2).
O livro de Hebreus descreve bem o exercício do ofício sacerdotal de Cristo. No Antigo Testamento o sacerdote era uma pessoa divinamente escolhida e consagrada para representar os homens diante de Deus e oferecer dons e sacrifícios que assegurassem o favor divino, e ainda para interceder pelo povo (Hebreus 5.4; 8.3). Mas o serviço era feito com imperfeição, quer pela fraqueza do sacerdote, quer pelo tipo de sacrifício que era oferecido.
Cristo realizou um sacerdócio perfeito. As duas naturezas, humana e divina, unidas nele, o ser caráter puro e o sacrifício de si mesmo tornam o seu sacerdócio ideal e perfeito diante de Deus. O seu trabalho sacrificial foi consumado, historicamente, na cruz (Hebreus 10.12,14). Seu sacrifício foi único e de valor eterno, portanto, suficiente para a redenção da humanidade, sem que haja necessidade de qualquer outro sacrifício por parte dos homens (Hebreus 10.10). O trabalho de intercessão ele realizou, de alguma forma, quando ele esteve na terra (João 17); porém, foi depois de oferecer o seu sacrifício que ele passou a exercer, especificamente, esse ministério de intercessão (Hebreus 7.25; 9.24). A base da sua intercessão é o seu sacrifício (I João 2.1,2).
2.3 – Cristo como Rei
Os profetas do Antigo Testamento falaram de um rei que viria da casa de Davi, para governar Israel e as nações, com justiça, paz e prosperidade (Isaías 11.1-9). O anjo disse a Maria que Jesus seria esse rei (Lucas 1.32,33). Cristo mesmo afirmou que ele era o rei prometido (João 18.36,37). Depois da sua ressurreição, ele declarou seu poder sobre todas as coisas (Mateus 28.18). Na sua ascensão ele foi coroado e entronizado como Rei (Efésios 1.20-22; Apocalipse 3.21). Jesus Cristo é Rei, e já está reinando, porém, não ainda de modo visível aos olhos humanos (Hebreus 2.8), nem de modo pleno (I Coríntios 15.25-28; hebreus 10.13). Mas um dia Cristo estará reinando à vista de todo o mundo (Apocalipse 11.15).
O reino de Cristo no presente se mostra mais na vida das pessoas que a ele se entregam, e das igrejas, que são as comunidades dos seus discípulos. Trata-se no presente, de um reino espiritual, no coração e na vida do crente. Porém, um dia o reino de Cristo se mostrará em toda a sua plenitude na vida e no mundo, com “novos céus e nova terra, nos quais habita a justiça” (II Pedro 3.13).
Os profetas do Antigo Testamento falaram de um rei que viria da casa de Davi, para governar Israel e as nações, com justiça, paz e prosperidade (Isaías 11.1-9). O anjo disse a Maria que Jesus seria esse rei (Lucas 1.32,33). Cristo mesmo afirmou que ele era o rei prometido (João 18.36,37). Depois da sua ressurreição, ele declarou seu poder sobre todas as coisas (Mateus 28.18). Na sua ascensão ele foi coroado e entronizado como Rei (Efésios 1.20-22; Apocalipse 3.21). Jesus Cristo é Rei, e já está reinando, porém, não ainda de modo visível aos olhos humanos (Hebreus 2.8), nem de modo pleno (I Coríntios 15.25-28; hebreus 10.13). Mas um dia Cristo estará reinando à vista de todo o mundo (Apocalipse 11.15).
O reino de Cristo no presente se mostra mais na vida das pessoas que a ele se entregam, e das igrejas, que são as comunidades dos seus discípulos. Trata-se no presente, de um reino espiritual, no coração e na vida do crente. Porém, um dia o reino de Cristo se mostrará em toda a sua plenitude na vida e no mundo, com “novos céus e nova terra, nos quais habita a justiça” (II Pedro 3.13).
Cristo é todo suficiente para a relação do homem com Deus. Ele é o Profeta, o Sacerdote e o Rei do mundo. Através dele podemos ouvir e aprender de Deus; por ele podemos chegar à presença do Pai e ali permanecer; nele temos segura direção da vida, da nova sociedade e do novo mundo conquistados por ele. Mas tudo isto em uma fase ainda preliminar, que avança para a perfeição, e há de consumar-se na vinda gloriosa, no final dos tempos.
PERGUNTAS
1. Melhorou sua compreensão acerca dos Estados e Ofícios de Cristo? Como?
1. Melhorou sua compreensão acerca dos Estados e Ofícios de Cristo? Como?
2. Você tem alguma dúvida ou objeção a este ensino?
3. O quê este ensino pode significar para a raça humana?
4. O quê este ensino significa para você?
Autoria: Pr Ronaldo Franco – Data: 07.05.2005
Fonte: Manual de Teologia Sistemática, Zacarias de Aguiar Severa, A. D. Santos Editora, 1a Edição.
in - http://www.sitedopastor.com.br/quem-foi-jesus/#licao4
Nenhum comentário:
Postar um comentário