terça-feira, 22 de novembro de 2016

Romanos 12


Esse capítulo inicia a seção final de Romanos — “Serviço” (12—16). Nesse capítulo, Paulo ensina-nos como pôr em prática o aprendizado, apresenta quatro imagens do cristão e lembra-nos de nossas obrigações espirituais.

I. Um sacrifício no altar (12:1-2)

O verdadeiro viver e serviço cristãos iniciam-se com a dedicação pesso­al ao Senhor. O cristão que fracassa na vida é aquele que primeiro o fez no altar ao recusar entregar-se total­mente a Cristo. O rei Saul fracassou no altar (1Sm 13:8ss e 15:1 Oss), e isso custou-lhe o trono.

Paulo não diz: “Eu lhe ordeno”, mas: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus”, pois a dedi­cação deve ser motivada pelo amor. Não servimos a Cristo a fim de re­ceber suas misericórdias, pois já as temos (3:21—8:39). Servimos a ele por amor e por gratidão.

A verdadeira dedicação é ofe­recer, diariamente, nosso corpo, nossa mente e nossa vontade a Deus. É a entrega diária do corpo a ele, com a mente renovada pela Pa­lavra, e a vontade quebrantada por meio da oração e da obediência. O cristão é um “conformador”, viven­do para o mundo e como ele; ou um “transformador”, tornando-se a cada dia mais parecido com Cristo. (A palavra grega para “transformar” é a mesma usada para “transfigurar” em Mt17:2.) Segunda aos Coríntios 3:18, afirma que somos trans­formados (transfigurados) quando permitimos que o Espírito revele Cristo por meio da Palavra de Deus.

O crente pode saber a vontade do Senhor para sua vida só quando for consagrado ao Senhor dessa forma. Deus não tem três vontades para o crente (boa, aceitável e perfeita), como a classificação utilizada nas pesquisas de mercado (“bom, muito bom, ótimo”). Antes, crescemos em nossa capacidade de reconhecer a vontade de Deus. Alguns cristãos obedecem a Deus, porque sabem que isso é bom para eles e temem ser disciplinados. Outros o fazem porque acham a vontade do Senhor aceitável. Todavia, a devoção mais profunda é daqueles que amam a vontade dele e a acham perfeita.

Nós, como sacerdotes, deve­mos oferecer “sacrifícios espirituais” a Deus (1 Pe 2:5), e o primeiro sacri­fício diário que ele quer é que entre­guemos total mente a ele nosso cor­po, nossa mente e nossa vontade.

II. Membro do corpo (12:3-8)

Em 1 Coríntios12 é apresentada a mesma verdade desses versícu­los, ou seja, que o Espírito batiza o crente no corpo e lhe dá um dom (ou dons) para usar em benefício de toda a igreja. Desde o Pentecostes até o arrebatamento da igreja, há um “corpo universal” constituído de todos os crentes; porém, também há um corpo local por meio do qual o crente ministra em nome do Senhor. No Novo Testamento, a maioria das 112 referências à igreja diz respeito à congregação local de crentes.

No corpo local, o serviço co­meça com a dedicação pessoal (vv. 1-2) e, a seguir, com a ava­liação honesta dos dons espiritu­ais do crente (v. 3). Paulo diz que devemos pensar em nós mesmos dentro dos limites que permitem nossos dons espirituais, e não que não pensemos em nós mesmos de forma alguma. Deus revelará o chamado de um homem para ser pastor à medida que este usar seus dons na congregação. Todos os nossos dons, embora distintos uns dos outros, vêm do Espírito e devem ser usados para a glória de Cristo. Da mesma forma que somos salvos “pela graça [...] mediante a fé” (Ef 2:8-9), devemos exercer nossos dons espirituais “segundo a medida da fé” (v. 3) e “segundo a graça que nos foi dada” (v. 6).

Paulo enumera sete ministérios: (1) profecia, definido em 1 Corín- tios 14:3; (2) ministério, cujo senti­do literal é “diaconato” (serviço) e pode referir-se a esse cargo; (3) ensi­no, conforme 2 Timóteo 2:1-2, uma responsabilidade importante; (4) exortação,que quer dizer encora­jar as pessoas a servir ao Senhor e a ser fiéis a ele; (5) contribuição, que deve ser feita em singeleza de cora­ção e pureza de motivos (veja At 5); (6) administração, gerenciamento e administração da igreja local; (7) misericórdia,compartilhar com os necessitados.

Efésios 4:7-12 descreve as pes­soas dotadas que Cristo deu à igreja; Romanos 12 e 1 Coríntios12 des­crevem os dons com que o Espíri­to dotou os crentes do corpo local. É perigoso tentar servir ao Senhor sem receber nenhum dom para isso, como também recusar-se a usar um dom para a glória dele (2Tm 1:6). Em Atos 19:1-7, os doze homens não conheciam o Espírito e seus dons; em Atos 19:13-16, os sete ho­mens tentaram imitar dons que não tinham.

III. Membro da família (12:9-13)

Os versículos 9-13 mostram como cada cristão deve se comportar na família de Deus, embora cada um tenha seu serviço espiritual a de­sempenhar. O amor deve ser ho­nesto e sem hipocrisia (veja 1 Jo 3:18). Devemos detestar o mal e apegar-nos ao bem (veja SI 97:10). O amor leva à cordialidade e à humildade, à fidelidade nos negó­cios, ao fervor nas coisas espiritu­ais (aqui “fervorosos” significa “ar­dorosos, irradiantes em poder”). Observe como as características mencionadas nessa seção fazem paralelo com o fruto do Espírito descrito em Gálatas 5:22-23.

Na igreja local, os cristãos de­vem cuidar uns dos outros e com­partilhar uns com os outros. Obser­ve como à oração (v. 12) segue-se o cuidado (v. 13). Em grego, o sentido literal de “praticar a hospitalidade” é “procurar a hospitalidade” — bus­car as pessoas! Em 1 Pedro 4:9, so­mos aconselhados a não reclamar quando abrimos a casa para os ou­tros. Provérbios 23:6-8 retrata a hos­pitalidade não espiritual. Veja tam­bém Lucas 14:12-14, 1 Timóteo 3:2 e 5:10, Hebreus 13:2 e 3 João 5-8.

IV. Soldado em batalha (12:14-21)

Paulo instrui como agir quando as batalhas e as bênçãos que os cris­tãos têm se opõem à Palavra. De­vemos abençoá-las (Mt 5:10-12), não amaldiçoá-las. Obviamente, nenhum crente deveria enfrentar problemas em consequência de viver da forma errada (1 Pe 2:11-24. O egoísmo e o orgulho geram a vontade perniciosa, por isso de­vemos ser solidários (v. 15) e hu­mildes (v. 16). O cristão não deve, nem nesta vida nem no julgamento futuro, “vingar-se” de seus oponen­tes, mas, antes, esperar que Deus “retribua” (v. 1 9).

A frase “Esforçai-vos por fazer o bem perante todos os homens” (v. 17) sugere que o cristão vive em uma “casa de vidro” e deve estar atento ao escrutínio dos outros. À luz de Romanos 14:7-8, a atitude de “viver a própria vida” é pecami­nosa para o crente. As pessoas nos vigiam, e, dentro do possível, de­vemos viver em paz com todas as pessoas. É claro que não podemos fazer concessão ao pecado nem ter uma atitude do tipo “paz a qualquer preço”. Mateus 5:38-48 descreve a atitude e o espírito que nos ajudam a ser “pacificadores” (Mt 5:9).

Nos versículos 19-21, Paulo refere-se a Provérbios 25:21-22 e a Deuteronômio 32:35. (Veja também Hb 10:30.) Essa passagem apresenta o princípio de que o crente entrega- se a Deus (12:1-2), e, assim, o Se­nhor deve cuidar dele e ajudá-lo em suas batalhas. Precisamos de sabedoria espiritual (Tg 1:5) ao lidar com os inimigos da cruz a fim de que, por um lado, não demos um mau testemunho e, de outro, não desvalorizemos o evangelho. Em três ocasiões, Paulo usou a lei roma­na para proteger a si mesmo e ao testemunho do evangelho (veja At 16:35-40; 22:24-29; 25:10-12); to­davia, estava disposto a tornar-se to­das as coisas para todos os homens a fim de ganhar alguns para Cristo. Se praticarmos Romanos 12:1-2 to­dos os dias, podemos estar certos de que o Senhor nos guiará em obedi­ência ao resto do que está exposto nesse capítulo.

in - http://bibliotecabiblica.blogspot.com.br/2016/11/romanos-12-comentario-evangelico.html

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Espírito Santo - Data de validade

Será que o Espírito Santo de Deus, enviado no Pentecostes tem prazo de validade?

Em At 2.1-4, a Igreja de Jesus recebera o Espírito Santo, a qual é o cumprimento da promessa de Jesus contida em At. 1.8, que falou aos seus discípulos e não tão somente aos Apóstolos nos seguintes termos: "Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda Judéia e Samaria, e até os confins da terra".

Jesus não anunciou nenhuma data de validade, mas sim, que todos os seus discípulos receberiam o Espírito Santo de Deus.

Já em At. 13.52 afirma bem claramente que os discípulos continuavam cheios do Espírito Santo, e assim se permanece até os dias de hoje e o será até a volta de Jesus.

Em At. 5:32 está bem claro que Deus concede o Espírito Santo a todos os que O obedecem.

O Espírito Santo é realização da promessa feita por Jesus e, Jo 14:26 -"Mas o conselheiro, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinará a vocês todas as coisas e fará vocês lembrarem tudo o que eu disse".

Novamente nesta afirmação feita pelo Filho de Deus, o Espírito Santo seria enviado a todos os que o obedecem, para que lembrassem sempre de tudo e soubessem o que fazer e o que falar.

Os dons do Espírito Santo são distribuídos de acordo com a necessidade de Deus e não da vontade de quem O recebe. O Santo Espírito vem e concede dons para glorificar a Deus e engrandecer a igreja e não a pessoa que recebe os dons, conforme demonstrado em Hb 2:4.

A partir do batismo nas águas, recebemos o Espírito Santo de Deus, nos tornando o santuário do Espírito Santo (1 Co 6:19), e por isso temos que honrar o nosso ser, pois, não somos só nós a habitar o corpo, mas também o Espirito Santo de Deus.

Agora começa o problema, muitos buscam desesperadamente pelos dons do Santo Espírito, até com a afirmação de poderem receber um segundo batismo que seria o batismo no Espírito Santo.

Deus não faz nada pela metade. Deus não cura somente parte da doença. Deus não manda somente parte da bênção. Deus não concede somente parte da Graça. Deus não manda somente parte do Espírito. Quando recebemos o Espírito Santo de Deus, O recebemos em sua totalidade.

O que acontece que muitos não demonstram os frutos do Espírito e nem apresentam dons, é simples, é o não deixar o Espírito de Deus conduzir a vida destas pessoas.

O Espírito Santo vem de forma integral, o que é necessário é que O deixemos agir em nossa vida, ao ponto de afirmar que nem Paulo,"não sou em mais quem vive mas Cristo vive em mim". Parece utopia hoje um cristão poder tecer essa afirmação, mas não é. Todos somos capacitados a viver pelo Espírito Santo, mas a maior parte não quer deixar o Espírito agir.

A partir do momento que deixamos o Espírito de Deus agir em nossa vida e tomar o controle de tudo, certamente exigirá de nós um compromisso real para com a obra de Deus, mas nem todos querem compromissos com Deus.

A maior parte da população quer receber benção, mas não querem doar um tempo para Deus.

A maior parte dos cristãos querem receber benefícios, mas não querem se oferecer à obra.

A maior parte dos membros das igrejas, querem receber ajuda divina, até tentando comprá-la com ofertas oferecidas com segundas intenções, mas não querem assumir o compromisso.

A maior parte dos pregadores teem medo de falar a verdade contida na Bíblia, fazendo pregações em forma de festa ou shows, já que a população não quer ouvir a verdade.

A maior parte dos pregadores pregam prosperidade e bens materiais, pois isso atrai as pessoas.

Grande parte dos pregadores querem saber de encher as suas contas bancárias, andar de carros caros e importados, morar em condomínios de luxo e ostentar riquezas, enquanto a maior parte dos membros passam necessidades. Tudo isso à custa do dízimo da igreja, que são realmente desviados para o interesse particular dos pregadores.

Enfim, o povo busca um batismo no Espírito Santo mas não permitem que o Espírito Santo que habita neles aja em suas vidas.

O povo busca benefícios materiais e passageiros, mas esquecem de buscar a Deus.

Muitos pregadores (falsos profetas) pregam um verdadeiro comércio de Deus, onde se vendem graças, bênçãos e outras coisas, com o único intuito de se beneficiar da fé do povo e ficarem ricos.

Jesus Cristo é filho de Deus, cheio do Espírito Santo, praticou todos os dons possíveis e imagináveis que o Espírito Santo concede, mas nunca teve sequer um travesseiro para dizer que era seu. Nasceu pobre e  pobre viveu, mas em tudo era próspero, sabem por que? A prosperidade não esta em ser rico e cheio de bens, mas em ser feliz com aquilo que tens.

Quer o batismo no Espírito Santo, antes de tudo, faça um reflexão em sua vida, e deixe primeiramente o Espírito Santo que já está em você agir, e certamente receberá todos os frutos do Espírito e o dom que Deus quer que você tenha. Primeiramente você tem que deixar o Espírito agir, para depois pedir algo.

A Graça de Deus é de graça. Deus não está a venda e nem vende produto nenhum. Abram os olhos com esses falsos pregadores.

Waldiner Rabatski Limieri

Os dons do Espírito Santo - hoje


Todo movimento de renovação espiritual, 
para ser legítimo, precisa aceitar 
e pôr em prática, de forma irrestrita, 
as doutrinas bíblicas relacionadas 
à ação do Espírito Santo.
E uma delas é a existência dos dons espirituais 
para os nossos dias. Os dons são ferramentas 
que o Espírito de Deus entrega aos crentes, conforme suavontade e propósito, sempre visando 
à edificação do Corpo de Cristo.


A Igreja está envolvida numa intensa batalha espiritual. Seus conflitosnão se travam contra poderes humanos, mas contra potestades do mal. Por isso,é importante ter recursos espirituais para lutar contra os poderes queescravizam o homem, levando-o ao pecado.

Os dons são para hoje ou não?
Para os grupos carismáticos e pentecostais, a atualidade dos donsespirituais é um fato incontestável. Mas não ocorre a mesma coisa nas igrejaschamadas de históricas ou tradicionais. Nestas, a não aceitação da atualidadedos dons sempre foi motivo de discussões e divisões.

Para alguns teólogos, os dons eram apenas para os dias apostólicos, para a igreja primitiva. Quem pensa dessa maneira toma por base o texto de 1Co 13: 8-10. A expressão “quando vier o que é perfeito”, no v. 10, significaria que, ao cessar a era apostólica, ou quando estivesse completo o cânon do Novo Testamento, também cessariam os dons. Contudo, a crença de que os dons eram apenas para o primeiro século da era cristã não é unanimidade nem mesmo dentro das igrejas históricas.

Os argumentos favoráveis à existência dos dons para os nossos dias são muito mais convincentes. Há em 1Co 13: 8-10 uma clara referência à volta de Cristo. Só após a segunda vinda de Cristo é que não mais precisaremos usar os dons.
Jesus prometeu capacitar os crentes para a pregação da Palavra, Lc 10: 19. A história da Igreja confirma o uso dos dons nos seguintes períodos: IV século - Irineu, Tertuliano, Crisóstomo e Agostinho; séculos V ao XV, os valdenses, os albigenses, os jansenitas e os pietistas alemães; no século XIX, os metodistas; os quakers, Wesley, Whitefield, Moody, além de outros que passaram por essa experiência.

A diversidade de dons

Os dons têm sua origem na ação do Espírito Santo, 1Co 12: 1-11. Ele é quem os distribui soberanamente aos crentes, com objetivos específicos, 1Co 12: 7, 11.

Geralmente, ao estudarmos os dons espirituais nos prendemos àqueles mencionados em 1Co 12. Mas há diferentes listas de dons no Novo Testamento:

Romanos 12: 6-8: profetizar, ministrar, exortar, contribuir, presidir e exercer misericórdia. O contexto desses versículos enfatiza que todos somos membros do Corpo de Cristo e dependemos uns dos outros. Cada crente contribui para o crescimento do Corpo, usando o dom específico que tem recebido.

Efésios 4: 11-16: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores-mestres. Através desses ministérios os crentes são equipados para o serviço. À proporção que cada um presta sua contribuição, todo o corpo vai sendo edificado, v. 12, e cada membro em particular vai crescendo e adquirindo maturidade espiritual, vv. 13-16.

1Coríntios 12: 4-10: palavra de sabedoria, palavra de conhecimento, fé, dons de curar, operações de milagres, profecia, discernimento de espíritos, variedade de línguas, interpretação de línguas. Essa passagem, juntamente com os vv. 28 a 31, se complementa ao narrar os dons do Espírito Santo. No v. 7 o apóstolo ensina duas grandes lições. A primeira é de que o Espírito concede dons a cada crente: “a manifestação do Espírito é concedida a cada um...”. Outra lição é a do fim proveitoso dos dons. Não há distribuição de dom sem finalidade específica.

1Coríntios 12: 28: apóstolos, profetas, mestres, operadores de milagres, dons de curar, socorros, governar, variedades de línguas.

1Pedro 4: 10-11: falar, servir. O objetivo dessa passagem é acentuar que, se o crente  recebe um dom espiritual, deve empregá-lo a serviço dos outros membros, conforme o poder de Deus e para a glória do Senhor.

Manifestação do Espírito 
       no Antigo e Novo Testamentos


Há uma nítida diferença entre o agir do Espírito no Antigo Testamento e no Novo. No AT, o Espírito Santo agia sobre algumas pessoas específicas, com um propósito especial, dando-lhes capacidade para executarem certas tarefas. Alguns exemplos:

·                      Belzaleel recebeu habilidades para trabalhar na obra do tabernáculo, Êx 35: 30-31;

·                      Otoniel, Gideão, Jefté e outros receberam poder  vindo do Espírito para livrar e governar Israel; 

·              veja também estas ações especiais do Espírito no AT, dando habilidade específicas a certas pessoas para profetizar, Nm 11:26-27; operar milagres, Js 10: 12-13; ter fé, 1Re 18: 23-30; ter discernimento, 2Rs 5: 25-27; ter sabedoria, 1Rs 4: 29 e Gn 41: 25.

No Novo Testamento, no entanto, há uma nova perspectiva sobre o mover do Espírito Santo. Vê-se que o Espírito age irrestritamente no Corpo de Cristo. Ele é o selo que identifica que o salvo é propriedade de Deus, Ef 1: 13; 4: 30. Todo salvo tem o Espírito, Rm 8: 9. O Espírito é quem habilita os crentes para o serviço cristão. Ele é o distribuidor dos dons.
Conclusões

Há algumas importantes lições que temos de ter em mente sobre os dons:

1.  devemos procurar com zelo os melhores dons, ou seja, aqueles que trazem edificação aos irmãos, 1Co 12: 31; 

2.  os dons devem ser usados para o benefício da igreja e não para proveito próprio; 

3.  cada cristão deve procurar desenvolver seus dons, 1Tm 4: 14 e 2Tm 1: 6; 

4.  se os dons não forem bem usados poderão provocar  confusão no seio da Igreja, causando escândalo à obra de Deus; 

5.  o exercício dos dons espirituais não indica o grau de espiritualidade de uma pessoa. Compare 1Co 1: 4-7 com 1Co 3: 1-3.Embora os coríntios tivessem muitos dons, foram chamados de crianças em Cristo. O termômetro para se medir a espiritualidade de um crente é o fruto do Espírito, Gl 5: 22-23. 


6.  Os dons só terão valor diante de Deus se forem exercidos com amor.

in - http://www.iprb.org.br/artigos/textos/art51_100/art93.htm



UMA IGREJA BATISTA DEVE ABRAÇAR O PENTECOSTALISMO?

 Muitos de nós ficamos chocados e, conseqüentemente, profundamente tristes há alguns anos atrás quando James Robinson, um Evangelista Batista da Convenção do Sul, identificou-se com a doutrina Pentecostal. Um grande número de igrejas batistas no mundo está sendo atribulado pelo aumento que está tendo o Pentecostalismo entre elas. Há muitas igrejas que se chamam Batista, nominalmente, e, não obstante, ao seu nome não são batistas mas, na realidade, igrejas Pentecostais. Tais igrejas são desonestas porque se chamam batistas quando não os são e porque estão roubando bens, imóveis e propriedades físicas pelos quais os batistas, durante anos, trabalharam e pagaram.

Em vez de listarmos e expormos as igrejas que estão envolvidas neste erro eu acredito que seria mais proveitoso para nós considerarmos quatro perguntas referentes ao Pentecostalismo. Minha oração é que pela consideração atribuída a estas perguntas e suas respectivas respostas pela Palavra de Deus, o Senhor efetue os ajustes da forma que Ele acha conveniente.

O QUE É O PENTECOSTALISMO?
 O Pentecostalismo tem a convicção de que os dons milagrosos ou os sinais que o Senhor deu aos Apóstolos e às igrejas primitivas não cessaram, acreditam que eles ainda estão disponíveis e sendo exercitados pelos cristãos hoje. O Pentecostalismo reivindica que Deus ainda dá dons milagrosos para o homem hoje. Pode ser encontrada a listagem desses dons em Marcos 16:17-18 e I Corintos 12:8-11.
Marcos 16:17-18. "E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão."

I Corintos 12:8-11. "Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé, e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; e a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas. Mas um só é o mesmo Espírito que opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer."
A palavra grega charismata é traduzida na palavra ‘dons’, encontrada em nossa Bíblia em Português. Paulo disse em I Corintos 12:4 "Ora, há diversidade de dons {grego-charismata}, mas o Espírito é o mesmo." O Pentecostalismo às vezes é chamado de movimento carismático devido ao fato de dar ênfase à suposta continuação do charismata milagroso ou dons.

Há dois tipos de dons mencionados no Novo Testamento e é muito importante que nós reconheçamos a distinção existente entre eles. Há dons que alguns escolheu-se chamar-lhes de ordinários e outros dons escolheu-se chamar-lhes extraordinários.

Alguns dos dons chamamos ordinários porque Deus ordinariamente os dá aos seus filhos em todos os tempos, tais como a fé, a esperança e a caridade que Paulo menciona em I Corintos 13:13 e, os evangelistas, pastores e professores em Efésios 4:11. O propósito dos dons ordinários dados à todas as igrejas, em todos os tempos, é trazer a edificação aos santos de Deus e acrescentar-lhes santidade e conforto.

Os dons extraordinários de Deus são assim chamados em contraste aos que Ele ordinariamente dá em todos os tempos. Eles não são dados ordinariamente porque foram dados em ocasiões extraordinárias. Estes dons extraordinários eram sobrenaturais e permitiam às pessoas que os possuíam executar ações sobrenaturais. Normalmente, quando os Pentecostais falam de dons ou charismata, eles se referem aos dons extraordinários: cura, milagres, línguas, revelações diretas de Deus, expulsão de demônios e até mesmo pegar em serpentes e beber veneno.

O Pentecostalismo ensina que estes dons milagrosos, chamados ‘charismata’, ainda estão disponíveis aos cristãos hoje. Para os batistas a pergunta não é: "Deus não opera milagres hoje?" A pergunta é: "Os homens recebem os dons extraordinários do Espírito Santo hoje?" "Os homens executam milagres, falam em línguas, recebem revelações diretas e especiais de Deus, expulsão demônios, ou ressuscitam um morto hoje?"

Uma outra coisa importante que nós temos que notar, definindo o Pentecostalismo, é a sua doutrina de batismo com o Espírito Santo. Os pentecostais ensinam que o batismo com o Espírito Santo é um trabalho separado da graça da salvação e a sua evidência é o falar em línguas ou o exercício de um ou mais dons extraordinários. Eles são chamados Pentecostais justamente porque acreditam que podem ser repetidos os milagres do Pentecostes, especialmente, o falar em línguas, ainda hoje.

O QUE HÁ DE ERRADO COM O PENTECOSTALISMO?

 Nós poderíamos mencionar muita coisa que existe de errado com o Pentecostalismo. Nós poderíamos mencionar a divisão que ele parece sempre trazer a igreja. Nós poderíamos mencionar a atmosfera de circo criada em cultos de adoração na igreja. Mas, aqui queremos ver somente quatro dos erros desta heresia que é o Pentecostalismo.

Primeiramente o Pentecostalismo busca aplicar ao nosso dia-a-dia aquilo que pertenceu somente aos apóstolos e o seu tempo. Os Pentecostais ensinam que os dons extraordinários dados pelo Senhor aos apóstolos e a outros no Novo Testamento foram criados para serem atribuídos aos cristãos em todas as épocas.

O propósito dos dons carismáticos era dar autenticidade aos apóstolos e às suas mensagens no princípio do Cristianismo, já que o Novo Testamento não tinha, contudo, sido completado. Deus deu para os apóstolos alguns dons especiais pelos quais eles e as suas mensagens eram aprovadas ou autenticadas como sendo de Deus. No tempo do Novo Testamento, Deus falou através de revelações diretas aos seus apóstolos e profetas. Foram necessários sinais para confirmar que as suas mensagens eram realmente de Deus.

Paulo refere-se a estes dons como sinais de um apóstolo. Em II Corintos 10-13 Paulo está defendendo a sua autoridade de apóstolo contra alguns que evidentemente estavam reivindicando que ele não o era. Em II Corintos 12:12, Paulo diz, "Os sinais do meu apostolado foram manifestados entre vós com toda a paciência, por sinais, prodígios e maravilhas." Paulo diz aqui, "Eu evidencie a vós a minha chamada de apóstolo pelos sinais que era suficiente para provar-lhe que sou um verdadeiro apóstolo de Deus." Paulo reafirma que os sinais e os milagres provavam que ele e a sua mensagem eram de Deus, que eles autenticavam seu ministério como apóstolo. O selo da aprovação de Deus para o ministério dos apóstolos foi a efetuação de milagres, os dons milagrosos ou os sinais de um apóstolo praticados por eles.

Não estando mais os apóstolos em cena, o evangelho foi apresentado para o mundo e o Cânon do Novo Testamento ficou completo e, dessa forma, os dons de sinais especiais acabaram. Hebreus 2:3-4 demonstra claramente que estes dons especiais acabaram. "Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos (os ouvintes) depois confirmada (passado) pelos que a ouviram (os apóstolos); testificando também Deus com eles (os apóstolos, não nós), por sinais, e milagres, e várias maravilhas e dons do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade?"

O que está errado com o Pentecostalismo? Em segundo lugar, o Pentecostalismo dá maior ênfase ao Espírito Santo do que ao Senhor Jesus Cristo. A melhor experiência para os Pentecostais é o batismo com o Espírito Santo, pois eles falam muito em ser cheio com o Espírito Santo, os dons do Espírito e ter as suas vidas cheias de bênçãos do Espírito, e para isso procuram que o homem receba o batismo com o Espírito Santo. Esta ênfase é contrária ao que a Bíblia ensina sobre o ministério do Espírito Santo.

De acordo com o Senhor Jesus, em João 16:13-14, o Espírito Santo não procura trazer o homem à consciência do Espírito. Ele os faz conscientes em relação a pessoa de Cristo. "Mas quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar."

A principal função do Espírito Santo de Deus é glorificar a Cristo e não a si mesmo. Um homem cheio do Espírito fala de Cristo, glorifica a Cristo, dá atenção a Cristo, testemunha de Cristo, para que em todas as coisas Cristo tenha a preeminência.

Em Atos 1:8 o Senhor, ressurrecto, ensina-nos o propósito de enviar o Espírito Santo quando diz: "Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da terra." No Pentecostes quando Pedro encheu-se do Espírito Santo sobre o que ele pregou? Não foram as bênçãos maravilhosas de uma vida cheia do Espírito! Quem ele glorificou? Não o Espírito Santo. Quando Pedro encheu-se do Espírito no Pentecostes ele pregou a Cristo! As pessoas cheias do Espírito estão ocupadas com Cristo!

Agora, como nós reconhecemos a presença do Espírito Santo em nossas igrejas hoje se os dons extraordinários ou carismáticos cessaram? O Espírito Santo, hoje, leva as coisas de Cristo e as mostra aos homens. Ele glorifica a Cristo, e quando o Espírito Santo enche os homens eles passam a louvar e a glorificar a Cristo.
ANTES A BÊNÇÃO, AGORA O SENHORANTES O SENTIMENTO, AGORA A SUA PALAVRA
ANTES OS DONS QUE EU QUIS, AGORA O PRÓPRIO DOADOR
ANTES A BUSCA DE CURA, AGORA, APENAS CRISTO
Cristo é o centro da sua vida? Ele será se você for um homem cheio do Espírito.

Um terceiro mal do Pentecostalismo é a freqüente sobreposição da experiência humana a Palavra de Deus por escrito. Para os Pentecostais um modo de se encontrar a verdade é olhar para si mesmo, olhar para dentro de si, olhar à sua própria experiência. "Eu sei que isto é de Deus porque ele me faz sentir muito bem" ou "isto me faz sentir tão correto", eles dizem freqüentemente.

O padrão para se determinar a verdade na religião deve ser a Bíblia, a Palavra de Deus por escrito, em vez de nossas experiências ou as de outros. Deus diz em Isaías 8:20: "A lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles." Amado leitor, este é o padrão, esta é a regra pela qual a verdade de todas as coisas deve ser medida; a Palavra de Deus por escrito.

Freqüentemente, quando as reivindicações dos Pentecostais são questionadas, eles respondem: "Você não sabe porque você não tem consciência de como eu me sinto! Você nunca experimentou o que eu experimentei!" Talvez não, mas o que diz o livro? Muitos dirão "Eu sei que os dons são para hoje porque eu os tenho experimentado." Mas se uma experiência não se enquadra com a Palavra de Deus por escrito, ela não veio de Deus! Qualquer experiência que não está em harmonia com a Palavra de Deus por escrito não é do Senhor e não importa a natureza espetacular, incomum, impressionante ou comovente que ela pode ter.

Todas as nossas experiências devem ser fundamentadas e enquadradas pela rocha sólida da Palavra de Deus. Nenhuma pessoa nunca deve confiar na sua própria experiência como padrão para determinar a verdade, porque nossos sentimentos mudam e também as pessoas são diferentes e têm sentimentos diferentes sobre cada assunto.
ACASO PODÍAMOS CONSEGUIR,
MAIOR SEGURANÇA DO QUE POSSUIR
AS LINDAS PROMESSAS DO NOSSO BOM DEUS,
FIRMADAS NA BÍBLIA PRA TODOS OS SEUS

 Um quarto ponto que se vê como errado no Pentecostalismo, são as reuniões da igreja, feitas para discutir assuntos não pertencentes a Palavra de Deus. Uma igreja verdadeira de Jesus Cristo se reúne ao redor do púlpito. Ajunta-se para pregar a Palavra de Deus. Os pentecostais, hoje, se reúnem nas igrejas para ouvir e receber revelações especiais, sonhos, falar em línguas e ter experiências, ao invés de pregar a Palavra de Deus. É dedicado mais tempo à curas e experiências do que à declaração do evangelho de Jesus Cristo.

A confraternidade existente entre as pessoas que freqüentam tais igrejas está baseada em experiências que elas têm em comum, não em Jesus Cristo, pela Palavra por escrito. A sua confraternidade não está baseada na doutrina de Deus, mas nos dons e nas experiências que eles podem proporcionar. Os Pentecostais podem ter confraternidade com a maior parte dos extremos liberais ou com os apóstatas que negam os fundamentos da fé e também com os fundamentalistas e os católicos romanos, para isso só importa que todos tenham o batismo com o Espírito Santo.

O Pentecostalismo enfatiza a experiência sobre a doutrina. A coisa mais importante para os Pentecostais é a experiência do batismo com o Espírito e o falar em línguas. A coisa a ser buscada e festejada não é o evangelho glorioso de Jesus Cristo mas a experiência dos dons.


PODEMOS RECONHECER ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DO PENTECOSTALISMO
EM NOSSAS IGREJAS HOJE?

 
 
Há vários termos e práticas populares que se tornam evidentes quando uma igreja passa a receber influencia do crescente perigo do erro pentecostal.
  • Primeiro passam a ser usados os termos "Deus me disse" e "o Senhor me falou", implicando que Deus fala hoje além da Sua palavra escrita. O Pentecostalismo ensina que ainda hoje Deus dá revelações diretas e especiais às pessoas. Ele dá o dom de profecia. Bem, Deus fala aos homens e as mulheres hoje mas nunca de outra forma senão pela Sua Palavra escrita!
  • Outra expressão que manifesta uma tendência Pentecostal em uma pessoa ou em uma igreja é a prática de levantar uma ou ambas as mãos durante a oração, uma canção ou durante a pregação em um culto de adoração. Eu tenho observado já há alguns anos que esta prática junta-se às outras práticas pentecostais como a de falar em línguas.
  • A terceira manifestação de uma tendência Pentecostal é o uso de certos tipos de músicas na igreja. Esse é um fato importante, porque a música é freqüentemente o meio pelo qual se tem a primeira introdução do Pentecostalismo em uma igreja. A música Pentecostal glorifica o Espírito Santo ou então direciona a atenção das pessoas para Ele e não para Cristo. Por exemplo:
HÁ UM DOCE ESPÍRITO AQUIE EU SEI QUE É O ESPÍRITO DE DEUS
DOCE PRESENÇA, PRESENÇA SANTA
VEM SOBRE NÓS ENCHER-NOS COM SEU AMOR
TE ADORAREMOS POR SUA PRESENÇA AQUI
QUE RENOVARÁ OS NOSSO CORAÇÕES
LOUVADO O NOME DO SENHOR.

 

Além de ser erroneamente afeminada, esta canção coloca a atenção no Espírito Santo em lugar de Cristo. Os Pentecostais usam a música cuja mensagem dá valor aos sentimentos do homem e suas experiências em vez de Deus e Sua glória.
  • Uma quarta manifestação de uma tendência Pentecostal é o uso de certas palavras código e frases como "IGREJA NA ROCHA". Muitas igrejas "Assembléia de Deus" têm esta frase escrita na sua placa. Alguns que não se reconhecem declaradamente como Pentecostais também têm este termo em suas placas para que aqueles que o conhecem, possam o identificar.
  • Uma quinta manifestação de tendências Pentecostais é reivindicar o poder para expulsar demônios em nome de Jesus. Expulsar demônios é um dos dons extraordinários listados em Marcos 16. É um sinal de um apóstolo e como nós vimos, estes dons extraordinários cessaram com os apóstolos.
  • Uma sexta manifestação de tendências Pentecostais é orar a Deus pedindo que Ele envie um outro Pentecostes. Amado leitor, nós não precisamos de um outro Pentecostes. No Pentecostes o Senhor derramou o seu Espírito sobre a sua igreja e nós ainda temos aquele mesmo Espírito habitando nas igrejas hoje. O que nós precisamos hoje é o arrependimento da nossa apatia e da nossa despreocupação com o nosso negócio, que é pregar o evangelho de Jesus Cristo a toda criatura.
QUAIS ANTÍDOTOS EFICIENTES PODEMOS USARCONTRA O PENTECOSTALISMO EM NOSSAS IGREJAS?

 Antídoto é um remédio que funciona objetivando obter efeito contrário a um veneno. Quais antídotos eficientes podemos usar contra o Pentecostalismo em nossas igrejas? O que podemos fazer de positivo para protegermos a nós mesmos e as nossas igrejas dos erros que comete o Pentecostalismo?

Uma coisa que nós temos a fazer é manter cuidadosamente uma teologia centrada em Deus. A teologia dos Pentecostais é centrada no homem e em sua experiência espiritual. "Eu nunca me senti tão bem", eles dizem, falando da sua religião. O sentimento pessoal e a experiência humana são mais importantes que Cristo em sua teologia. O Pentecostalismo é egocêntrico ao invés de teocêntrico.

A teologia bíblica está centrada em Deus e em Seu Cristo e um dos antídotos mais importantes e eficazes contra o veneno do Pentecostalismo é manter Deus no centro da teologia. Os pregadores de hoje fariam bem em emular a Paulo como ele disse em II Coríntios 4:5. "Porque nós não pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o nosso Senhor."

Em igrejas que têm a Deus como o centro da teologia há uma distinta ausência de erros que são cometidos pelos pentecostais, mas isso não acontece por acaso. A teologia da graça soberana de Deus se opõe e é antítese à teologia do Pentecostalismo que está centrada no homem. Amado leitor, quando Deus for justamente exaltado e o homem humilhado, você não terá o Pentecostalismo em sua igreja!

Em segundo lugar, para protegermos as nossas igrejas do Pentecostalismo, temos que promover reverência formal a Deus e à sua majestade. O Pentecostalismo moderno perdeu o entendimento da majestade, da dignidade e, da grandeza do maravilhoso Deus. Não há nenhuma reverência real na adoração dos Pentecostais. Em vez de adoração há gritaria, risadas, correria, aplausos, música ‘Gospel’, línguas e todo tipo de experiência; um circo pentecostal (carismático) por completo.

A atmosfera de circo em muitas de nossas próprias igrejas hoje não reflete que tenhamos algum conceito bíblico da majestade do Deus Todo-Poderoso. Quando uma igreja adquire uma visão correta de Deus, uma visão bíblica de Deus, as pessoas deixam imediatamente tais enganos e se prostram, humildes, aos pés do Soberano do universo. Eles, então, O adoram com verdadeira reverência e dignidade com respeito a Sua infinita majestade. Eles sabem algo sobre o significado de Habacuque 2:20 "...o Senhor está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra."

Um terceiro antídoto contra o Pentecostalismo para ser usado em nossas igrejas é darmos cautelosa e cuidadosa consideração a música que ouvimos. O Pentecostalismo infiltra-se diretamente em igrejas saudáveis em doutrina através da música classificada como "gospel", utilizada em seus cultos.

A música é um meio de idéias tão poderoso que pode trazer o Pentecostalismo para uma igreja mesmo ela estando solidamente firme contra ele. Conectada às corretas melodias a mensagem pode vir a ficar gravada na mente das pessoas por anos. O rádio e a televisão aprenderam isso com seus jingles de cerveja há muito tempo.

A mensagem que muitas destas músicas contemporâneas têm hoje é Pentecostal. É uma visão rasa, sentimental, sensual, irreverente e barata de Deus, centrada nas experiências do homem e não em Deus e na Sua glória. A palavra "Eu" é sumariamente proeminente nestas músicas. A música tangida pelo Pentecostalismo é antropocêntrica e não "Cristocêntrica".

A música que agrada a Deus é teocêntrica. É centrada em Deus e em Seu Cristo, adora-O e O louva, ama-O e O agradece. A música teocêntrica compõe os salmos, os hinos e as canções espirituais que Paulo cita em Colossenses 3:16.


Um dos melhores exemplos de música religiosa, espiritual e teocêntrica pode ser encontrado hoje no "Hinário Batista" de 1956 (Convention Press, Nashville, Tennessee) onde há hinos tais como: 


SANTO, SANTO, SANTO SENHOR DEUS TODO-PODEROSO
VENHA REI TODO-PODEROSO E AJUDA-NOS PARA TEU NOME CANTARMOS
ADORE O REI GLORIOSO SOBRE TUDO
DEUS SEJA LOUVADO PELAS GRANDES COISAS QUE ELE TEM FEITO
GRANDE É A TUA FIDELIDADE Ó DEUS MEU PAI
GUIA-ME Ó GRANDE JEOVÁ!

Um quarto antídoto que podemos usar contra o Pentecostalismo é desencorajarmos nossos irmãos a assistir pregadores pentecostais em programas religiosos na televisão. Um grande número de nossos membros convida membros da Assembléia de Deus e outros pregadores pentecostais para dentro de suas casas todos os dias e ouvem suas músicas e mensagens pentecostais. Não é nenhuma maravilha nossas igrejas estarem infectadas pelo Pentecostalismo!

CONCLUSÃO

Historicamente o povo de Deus em todos os tempo tem rejeitado o Pentecostalismo e todas as suas formas de apresentação. O povo de Deus em todos os tempos tem rejeitado os dons extraordinários reconhecendo que eles não são atribuídos neste presente tempo.

As igrejas, no segundo século, rejeitaram o Montanismo com todas as suas reivindicações de dons de profecia, de falar em línguas e suas mulheres pregadoras. Nenhum de nossos antepassados Batista, desde o tempo de Cristo até o presente momento reivindicou dons extraordinários. A Reforma Protestante de 1500 foi uma das maiores manifestações do Cristianismo em toda a história e nenhum dos reformadores exercitou ou reivindicou dons extraordinários. Nenhum deles curou, operou milagres ou orou em línguas. Na metade do século XVII tiveram um grande problema e rejeitaram os Quakers, que eram uma manifestação do Pentecostalismo por reivindicarem uma revelação direta de Deus através da chamada "luz interior" existente em todo homem.


Nos últimos anos do século XX as igrejas de Deus estão sendo infectadas com a eclosão do Pentecostalismo, ou Neo-Pentecostalismo como é chamado quando ocorre dentre as maiores denominações. Que Deus possa nos dar graça, conhecimento da Sua Palavra, força de caráter e honestidade para ficarmos firmes contra este grande erro! 


BIBLIOGRAFIA
CALVIN, John. The Institutes Of The Christian Religion. Phildelphia, Presbyterian Board of Christian Education, s.d. 2v. CHANTRY, Walter J. Signs Of The Apostles. London, Banner of Truth Trust, 1973.
 COOKE, Ronald. Do Miracles Continue?. Holidaysburg, Manahath Press, 1981.
 DALLIMORE, Arnold. Forerunner Of The Charismatic Movement, Life of Edward Irving. Chicago, Moody Press, 1983.
 JOHNSON, E.W. The Refutation Of Pentecostalism. Pine Bluff, The Sovereign Grace Message, Calvary Baptist Church, January 1975, 6v.
 JUDISCH, Douglass. An Evaluation Of Claims To Charismatic Gifts. Grand Rapids, Baker Book House, 1978.
 JUSTICE, Anson. What Does The Bible Teach About Tongues?. Oklahoma City, Crestwood Baptist Church, 1972.
 MACARTHUR, John F., Jr. The Charismatics, Grand Rapids, Zondervan, 1981.
 NETHERCUTT, G.E. Once A Pentecostal Now A Baptist. Little Rock, Challenge Press; 1973.
 PINK, Arthur. Divine Healing. Swengel, Reiner Pub. s.d.
 PINK, Arthur. The Doctrine Of Revelation. Grand Rapids, Baker Book House, 1975.
 SCHAFF, Phillip. History Of The Christian Church. sc, in: The Miracle Of Pentecost reprint by Jay Green, 1v.
 WARFIELD, Benjamin B. Miracles: Yesterday And Today. Grand Rapids, Wm. B. Eerdmans, 1965.
 
 
LAURENCE JUSTICE
Laurence Anson Justice é formado pela Universidade Batista de Oklahoma e pelo Seminário Teológico Batista do Sudoeste. Ele tem pastoreado a Igreja Batista na Avenida Kentucky, Oklahoma City, a Primeira Igreja Batista de Willow, Oklahoma e a Igreja Batista Hillcrest, Midwest City, Oklahoma. Ele esta pastoreando a Igreja Batista da Vitória em Kansas City, Missouri. Ele também tem pastoreado no Alabama e servido como Chapelão na prisão estadual de segurança média em Granite, Oklahoma. Ele tem cinqüenta e sete anos de idade, é casado com Lyndy Eddy que veio de Searcy, Arkansas, e tem três filhos. Entre suas publicações incluem-se: "Pequeno Alcatraz", "A Música na Igreja", "Porque, Senhor, Porque?", "O Pentecostalismo", "Uma Igreja Batista Deve Ter Anciões?", "Uma Igreja Batista Deve Reconhecer O Batismo Estranho?", "Uma Igreja Batista Deve Consagrar Diaconisas?" e "Uma Igreja Batista Deve Praticar Um Governo Democrático Na Igreja?".