Estamos falando de outras igrejas e não
da nossa?
Como está sua vida com Deus?
Como anda a sua vida de oração?
Como vai sua vida em família?
Como está seu relacionamento com os vizinhos?
Como você se relaciona com os estranhos?
Fácil a gente falar da igreja dos
outros. Fácil falar dos outros pregadores. Mais fácil ainda falar dos membros
das outras igrejas.
Como anda a nossa igreja.
Somos uma igreja que nos orgulhamos e
destacamos em nosso meio de sermos – Tradicional, Bíblica e Acolhedora.
Até onde somos Tradicional?
Até onde somos Bíblica?
Até onde somos Acolhedora?
Ser tradicional é muito fácil, é só
seguir à risca o roteiro de culto, ou seja, faz uma recepção com a oração
introdutória e um pequeno texto bíblico.
Um louvor do hinário.
Alguns avisos.
Alguns louvores, no nosso caso sempre em
número de 3.
Uma oração.
Mais um louvor do hinário, onde se
procede a entrega das ofertas e dízimos.
Mais uma oração.
Uma pregação embasada totalmente na
Bíblia.
Oração e bênção final.
Religiosidade, demonstração de pura
religiosidade carnal se somente o roteiro for seguido.
Vemos as pessoas que chegam para a
igreja como todos os domingos o fazem. Durante o culto, mais parece um velório,
esquecendo que nele estamos para cultuar a presença magnífica de Jesus em nosso
meio.
Os rostos das pessoas, isso sim é de
gelar o sentimento de qualquer um que olhar. Parecem estar somente cumprindo um
dever semanal de estar presente ao culto.
Parece que Jesus Cristo nem está ali,
pela frieza estampada no rosto e nos olhos daqueles que em tese vieram louvar a
Deus.
Ai meu Deus do céu, quando o grupo de
louvor sobe ao púlpito para conduzir os louvores. Rostos frios demonstrando tão
somente a obrigação do ato. Sorriso, felicidade, são demonstrações que não
estão presentes.
Não sei se a equipe de louvor se
desmotiva pela falta de vontade de louvar dos membros, ou os membros não
possuem nenhuma demonstração de vontade de louvar por falta de motivação do
grupo que puxa o louvor.
Então vai a grande pergunta: Onde está
se pregando ou praticando um evangelho carnal?
1 – Evangelho carnal em algumas igrejas pentecostais
Vemos constantemente em vídeos postados
no Facebook, atos praticados dentro dos cultos em algumas igrejas pentecostais,
que mais parecem clubes mundanos, ou mesmo até uma seção de um terreiro de
umbanda.
Vemos cultos cujo louvor mais parece um
show que não leva a ninguém a verdadeiramente a louvar, mas sim a histeria
coletiva que se encontra em qualquer show mundano.
Estamos vendo festas de aniversários de
crentes que mais parece uma festa mundana, regada a músicas altas, danças
frenéticas, muita pegação entre os jovens e ai por diante.
Cultos que promovem verdadeiros
festivais de danças, muitas vezes erotizadas.
Pastores que promovem um verdadeiro
festival de circo ou de horrores com as suas atitudes e cima do púlpito, muitas
vezes dando a duvidar até da sexualidade daquele que ali está a pregar.
Festas mundanas trazidas para dentro da
igreja, com nome alterado só para disfarçar, como o caso das festas juninas do
mundo, que as igrejas tem incorporados com as mesmas práticas das festas
mundanas, somente mudando o nome.
Pregações cujo enfoque não é doutrinar e
muito menos demonstrar o caminho, mas sim o de fornecer ao ouvinte tão somente
o que ele quer ouvir. Pregações focadas
na prosperidade, na cura e no engrandecimento pessoal.
Deus se tornou objeto de venda, prega-se
que com a entrega do dízimo, Deus lhe recompensará, com a entrega de ofertas,
Deus lhe dará 10 vezes mais. Tornando o Deus de Abraão, de Isaac e Jacó em um
Deus adepto à corrupção, já que somente fará alguma coisa pelos que o adoram
mediante o prévio pagamento da propina proposta pelos pregadores.
Essa é a igreja carnal clara e que se
combate, pois se prega um evangelho totalmente distorcido do Evangelho de Deus.
2 – Evangelho carnal em algumas igrejas tradicionais e
bíblicas
Devemos estar atentos ao evangelho carnal que não está aparente, aquele
que não é pregado pelo pastor ou pela liderança, mas sim praticado pelos
membros da igreja.
Em muitas igrejas onde o pastor procede a uma pregação embasada na
Bíblia, sem qualquer distorção, quem está no evangelho carnal são os membros.
Parece uma piada, mas se faz também um evangelho carnal muitos que
procuram uma igreja que realmente procede a uma pregação doutrinária e na
sagrada escritura.
Sim, muitos membros dessas igrejas estão praticando um verdadeiro
evangelho carnal. Como? Simples, quando procuram com tanto ímpeto alguém que
procede a uma pregação doutrinária, buscando aumentar o próprio conhecimento da
palavra de Deus que se esquece da parte espiritual da igreja.
Para verificar esse evangelho carnal praticado pelos membros, basta olhar
para as suas atitudes e seus atos.
Como estão as suas atitudes perante as orações dentro da igreja?
Como estão suas atitudes perante o louvor realizado dentro da igreja?
Como está a sua atitude durante a pregação?
Como está a sua atitude depois que sai da igreja?
Vemos em muitas igrejas tradicionais e bíblicas, que durante a oração
parte dos membros sequer estão acompanhando a mesma ou procedendo a oração.
Durante o louvor, que louvor? Mais parece musica lançada ao ar, melhor
ouvir o rádio do carro. Parece que nada tem a louvar a Deus, pois cantam
demonstrando total falta de vontade de o fazer, mas o fazem por se tratar de
uma obrigação no momento. Isso quando não estão no celular navegando nos meios
sociais ou internet.
Pregação, essa sim a parte que importa, pois está se buscando aumentar o
seu próprio conhecimento de forma carnal, claro, para aqueles que se interessam
em aumentar seu conhecimento.
Como afirmar isso, simples, muitos estão ali somente por uma obrigação
semanal, e, portanto, demonstram total desinteresse no que está sendo pregado
pelo pastor. Novamente entra em cena o celular.
Por não haver grupo de células, não sentem a obrigação de propagar o evangelho e de trazer novos irmãos.
Por não haver grupo de células, não sentem a obrigação de propagar o evangelho e de trazer novos irmãos.
Então, cadê a espiritualidade do culto a Deus?
Há, claro, muitos se esqueceram que o culto é para Deus. Que ali estamos
para agradecer a tudo o que Deus nos tem feito de bom e até agradecer o que Ele
fará por nós.
3
- Espiritualidade, para quê?
Agora vem a pergunta, espiritualidade para quê?
Em JOÃO 4:23-24,
o próprio Jesus
responde ao dizer que: “23
Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em
espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.
24
Deus é Espírito, e é necessário que os que o adoram o adorem em espírito e em
verdade.
Os verdadeiros
adoradores, isso que devemos ser, adorar a Deus em espírito e verdade, e não
somente em corpo e sentimentalismo.
Muitos
pregadores estão buscando o próprio enriquecimento, e para tanto, promovem uma
pregação de acordo com a vontade carnal de cada um de nós.
A nossa carne
busca recompensas humanas e terrenas. A nossa carne busca a prosperidade, busca
a cura, busca o namorado ou namorada, a nossa carne sempre está em busca de
algo terreno e passageiro, e aproveitando essa situação e tendo total
conhecimento disso, muitos pregadores somente possuem pregações que atendem as
necessidades carnais, e como muitos estão buscando a Deus de forma carnal, acabam
presos nesse círculo vicioso.
O que devemos
fazer, adora em espírito e verdade e orar com o espírito e o entendimento, como
vemos em 1
Corintios 14:15
“Que fazer, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento;
cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento”.
E ao final
lembrarmos das palavras de Paulo aos Filipenses 3:3 “...que servimos a Deus em
espírito, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne”.
Como saberemos
que realmente estamos adorando a Deus em espírito e verdade, orando em espírito
e entendimento e não confiando na carne?
Quando as
pessoas perceberem pelos nossos atos que somos realmente cristãos e não pelas
nossas palavras.
Quando essa igreja
de 45 membros começar a crescer em número, por pessoas que sentem que Deus está
presente em cada um dos membros.
Quando nossos
atos demonstrarem a Deus mais do que nossas palavras.
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