quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Da imediata aplicação do adicional de periculosidade aos trabalhadores em motocicleta (Lei nº 12.997/2014)

Com o advento da Lei 12.997/2014 foi atribuído aos profissionais em motocicleta o direito a percepção do adicional de periculosidade, discute-se assim o termo inicial de aplicabilidade da nova norma.

O Direito do Trabalho é uma ciência que tem por objetivo acompanhar o desenvolvimento das relações de trabalho da sociedade contemporânea e, a partir dessa premissa, há alguns anos tem buscado regulamentar as atividades daqueles que trabalham em motocicleta.
Neste contexto, a Lei 12.009/2009 procurou regulamentar as atividades de mototaxista, motoboy, motofretista e motovigia, bem como se buscou limitar a idade para o exercício destas profissões, ocorre que apesar da aparente boa vontade da lei, esta não foi suficiente para trazer maior proteção a estes trabalhadores que se encontram constantemente em risco, continuando à margem não apenas da sociedade como também do direito do trabalho, perdeu-se, quando da edição da lei acima mencionada, a oportunidade de reconhecer os perigos inerentes à atividade em motocicleta, não tratando da extensão do adicional de periculosidade a esta espécie de trabalhador empregado, deixando pendente tal questão.
Ainda buscando aumentar a segurança dos trabalhadores em motocicletas, editou-se a Lei 12.436/2011 que, buscando garantir a segurança destes, passou a vedar que empresas ofereçam prêmios por quantidade de entregas, isentem consumidores que não receberem produtos em um determinado prazo e incentivem a competição entre os funcionários para aumentar o número de serviços prestados, buscando com isso fazer com que os motociclistas diminuam a velocidade e consequentemente diminuam os acidentes que ocorrem diuturnamente com tais profissionais, mais uma vez deixou-se de levar em conta a natureza perigosa de tal atividade.
Considerando a insuficiência das medidas anteriores, foi sancionada e publicada no Diário Oficial da União, em 20 de agosto deste ano, a Lei nº. 12.997/2014 que alterou a literatura do art. 193 da Consolidação das Leis do Trabalho com a inclusão do §4º, tema deste estudo, vejamos:
“LEI 12.997, de 18.06.2014 – DOU de 20.06.2014
 Acrescenta § 4º ao art. 193 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, para considerar perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta.
Art 1. O art. 193 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei 5.452, de 1 de maio de 1943, passa a vigorar acrescido do seguinte § 4º :
 ‘Art. 193  ...
.......
§ 4. São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta” (NR)
Art. 2. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação
Brasília, 18 de junho de 2014; 193º da Independência e 126º da República.
DILMA ROUSSEF
José Eduardo Cardozo
Manoel Dias"
De imediato, faz-se necessário esclarecer que o art. 193 da CLT reza acerca das atividades consideradas perigosas e, consequentemente, atribui o dever do pagamento de adicional de periculosidade. A Lei 12.997/2014 dispôs sobre a figura do trabalhador em motocicleta e atribui a esta atividade propriedade de trabalho perigoso, modificando as características do contrato de trabalho e remuneratórias destes profissionais.
Quando da leitura do novo §4º do art. 193 da CLT, nota-se que o trabalhador em motocicleta passará a perceber adicional de periculosidade na base de 30% (trinta por cento) sobre o salário base sem quaisquer acréscimos. Denota-se que o legislador brasileiro finalmente entendeu que a parcela adicional inserida pela Lei é devida em virtude não apenas em razão do desconforto, desgaste e stress que estes trabalhadores vivenciam diariamente, mas principalmente pelos perigos à saúde e segurança inerentes a tal atividade.
A classe empresária brasileira questiona-se sobre o prazo de aplicação da Lei com a conseguinte inclusão do adicional de periculosidade nos vencimento de seus colaboradores e, neste sentido, é importante ressaltar que, não obstante a publicação da Lei 12.997/2014, ocorrida em agosto deste ano, e as pressões dos trabalhadores e sindicatos de classe para sua imediata aplicação, a própria CLT, no supracitado art. 193, posiciona-se que o adicional de periculosidade somente será devido à classe de trabalhadores em motocicletas a partir da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Doutrina e jurisprudência são praticamente unânimes ao afirmar que para a aplicação da modificação legislativa, ora em análise, deve-se aguardar a regulamentação pelo Ministério do Trabalho, incluindo a atividade dos trabalhadores em motocicletas no rol das atividades perigosas, atualmente regulamentada pela Norma Regulamentadora nº 16 (NR 16). Tal posicionamento encontra um suposto respaldo jurídico no art. 196 do Caderno Trabalhista que afirma que Os efeitos pecuniários decorrentes do trabalho em condições de insalubridade ou periculosidade serão devidos a contar da inclusão da respectiva atividade nos quadros aprovados pelo Ministério do Trabalho respeitados as normas ao Art. 11”.
Assim, aparentemente, enquanto o MTE – Ministério do Trabalho e Emprego – não regulamentar as atividades perigosas em motocicleta nenhum adicional de periculosidade será devido, no entanto, pergunta-se: é justo tal entendimento?  Entende-se que NÃO!
Primeiramente é preciso lembrar que tanto a dignidade da pessoa humana quanto os valores sociais do trabalho são princípios fundamentais da República Federativa do Brasil, previstos constitucionalmente e protegidos sob a égide de cláusula pétrea, assim, considerando que as condições de trabalho estão diretamente relacionados à dignidade humana não seria justo aguardar uma regulamentação meramente administrativa para se garantir a eficácia da nova lei quando incontroversa a atividade do obreiro motociclista.
Destaca-se ainda que a classe empregadora escudar-se-á no disposto no art. 196 do Caderno Trabalhista para evitar o pagamento de tal verba, sendo, portanto, conivente interpretar a CLT no sentido estrito de que se não há regulamentação pelo MTE não há obrigatoriedade de pagamento de adicional de periculosidade.
Absurdo! Pois todas as leis recepcionadas pela Constituição Federal devem ser interpretadas com os olhos para ela voltados e ao elucidar o art. 196 da CLT considerando-se apenas sua literalidade fere-se o que o constituinte buscou tanto proteger, ou seja, os valores sociais do trabalho.
Desta forma, por se tratar de atividades perigosas aquelas que por sua natureza ou métodos de trabalho impliquem risco acentuado à vida e segurança do trabalhador, contraria o princípio da razoabilidade aguardar a movimentação do Poder Executivo para a imediata aplicação da nova lei, pois o exercício da atividade em motocicleta não terá acentuado seu grau de periculosidade apenas pela regulamentação, o que no plano real ocorrerá é um prejuízo ainda maior a estes trabalhadores que há anos encontram-se à margem da proteção estatal, logo, escudando-se no princípio da dignidade humana, razoabilidade, princípio protetório do direito material do trabalho e valores sociais do trabalho, o imediato pagamento do adicional de periculosidade aos trabalhadores em motocicleta é medida que se impõe.  FARIAS PINHEIRO, Érico Rodrigo; RIGON, Meirielen do Rocio. Da imediata aplicação do adicional de periculosidade aos trabalhadores em motocicleta (Lei nº 12.997/2014) . Jus Navigandi, Teresina, ano 19, n. 4095, 17 set. 2014. Disponível em: <http://jus.com.br/artigos/32013>. Acesso em: 18 set. 2014.


quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Hunza, o povo que não envelhece e vive até 120 anos

Imagine você com 85 anos de idade, mas parecendo que tem apenas 45. Seria legal, não? E mulheres que têm filhos depois de idosas sem sofrer nenhum problema com isso, o que acha disso? Parece utopia, conto de fadas? Nada disso! Isso — e muito mais — é normal para os habitantes do Vale de Hunza.
Situado nas montanhas do Himalaia, no extremo norte da Índia, onde se juntam as terras de Caxemira, Índia e Paquistão, o local chamou muita atenção quando, em 1916, alguns ingleses que faziam a atualização do mapeamento da região descobriram este pequenino reino incomum, que logo foi apelidado de “Jardim do Éden” no Planeta Azul.
São apenas 30 mil habitantes em um vale paradisíaco com 2500 mil metros de altitude, nas montanhas do Kush Hindu, que falam um idioma próprio (Burushaski) sem relação com nenhum outro existente.
Os habitantes ganharam fama por serem um povo feliz, simpático, sempre alegre e ativo, em que diversas pessoas vivem tranquilamente com mais de 110 anos de idade — alguns chegam até mais de 120 —, e com um detalhe fundamental: sem sofrer doenças graves nem problemas sérios de saúde — praticamente um milagre nos dias atuais.

Tem explicação?

De acordo com o médico escocês, Dr. Mac Carrisson, que descobriu essa galera por curiosidade e acabou convivendo com eles por sete anos, o segredo da saúde em Hunza está na alimentação de seu povo, sempre a base de cereais integrais, frutas (principalmente o Damasco, considerado sagrado na região), verduras, castanhas, queijo de ovelha e o inusitado pão de Hunza, sempre respeitando uma restrição calórica de 30%.
O pão de Hunza
Porém, com uma diferença: tudo 100% orgânico, sem vitaminas sintéticas (produzidas em laboratórios), assim como os agrotóxicos e adubos químicos, que são extremamente comuns em boa parte do globo e acabam matando o organismo humano ao longo de uma média de 75 anos, o que explica o crescente número de casos de câncer e AVC no planeta.
Além disso, os Hunza só tomam duas refeições por dia, sendo que a primeira acontece só ao meio-dia. Ou seja, eles passam boas horas em jejum, mas nunca parados, agindo como sedentários, e sim com diversas atividades físicas. A carne não é totalmente cortada na dieta, mas é comida apenas em ocasiões especiais, e sempre em pequenas quantidades.
Aliás, é interessante informar a você que qualquer tipo de exercício feito em jejum proporciona os maiores efeitos de indução enzimática das enzimas antioxidantes, SODCu-Zn citoplasmática e a SODMn mitocondrial.

Era uma vez um paraíso...

O Vale de Hunza é governado pelo rei Jaman Khan, um monarca que adora mergulhar em montanhas de dinheiro e acabou deixando que ingleses e americanos fossem para lá a partir da década de 20, iniciando a destruição deste paraíso na Terra.
Com isso, a criançada largou boa parte dos velhos costumes e passou a comer hambúrguer freneticamente, tomar Coca-Cola e se preocupar com formação acadêmica tradicional, se tornando apenas um “gado da matrix”. Atualmente, existem diversas escolas inglesas nos vilarejos de Hunza, como Chapursan, Tajik ou Sust, onde as crianças aprendem a serem “civilizadas” pela máquina do sistema.
Sendo assim, as pessoas passaram a morrer mais cedo de umas décadas para cá, com apenas 70 ou 80 anos em média. Hoje em dia, são bem poucas as famílias que ainda mantêm a tradição original de longevidade que marcou o povo de Hunza durante sua história, infelizmente.
FONTE(S)
IMAGENS

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Para que serve o apêndice?


Para quem não sabe, o apêndice faz parte do nosso sistema digestivo e está localizado logo no início do intestino grosso. É uma estrutura tubular sem saída que mede de 5 a 10 cm de comprimento de mais ou menos 1 cm de largura, seria como um dedo mindinho da mão de um adulto. Na maioria das pessoas, ele se localiza no lado direito inferior do abdome (veja imagem).
Bem, há muito tempo, o que se sabe sobre o apêndice é que ele é uma estrutura sem nenhuma função, que só serve para aglomerar sujeira do intestino e causar infecções, causando a apendicite. Esta infecção faz com que ele seja rotineiramente retirado, pois, quando inflamado, pode levar a pessoa à morte. Esta teoria vem sendo defendida há muito tempo baseada nas evidências de estudos de anatomia comparada em primatas, na qual o apêndice foi considerado por muito tempo como uma estrutura vestigial, isto é, uma estrutura que, ao longo da evolução, perdeu completamente sua função original. Mas hoje em dia, estudos tentam comprovar que não é bem assim.
Alguns cientistas garantem que o apêndice humano auxilia o sistema imunológico. Vendo esta estrutura no microscópio, os pesquisadores encontraram uma grande quantidade de tecido linfóide, presente também em outras áreas do sistema digestivo. A função desse tecido ainda não é muito conhecida, mas está claro que ele reconhece substâncias estranhas presentes nos alimentos ingeridos e ativa de alguma forma nosso sistema imunológico. Assim, dizemos que ele promove o crescimento populacional de bactérias do bem no nosso organismo e facilita o repovoamento dessas bactérias no cólon. Ou seja, o apêndice funciona como uma fábrica de bactérias, cultivando os germes “bons” como se fosse uma casa segura para esses microorganismos.
apendice
Pelo que os pesquisadores dizem, as bactérias vivem no apêndice sem serem perturbadas, até que sejam necessárias nos locais onde ocorrem os processos de digestão. O apêndice possui um fundo cego e uma abertura estreita, impedindo assim o influxo dos conteúdos intestinais. Acredita-se que as células do sistema imunológico encontradas no apêndice estão lá para proteger, e não para atacar, as bactérias benéficas. Assim, quando ocorre perda do conteúdo intestinal, as bactérias benéficas escondidas no apêndice emergem e repovoam a camada de biofilme do intestino, antes que bactérias maléficas se instalem.

O que aconteceria se explodíssemos a Lua?



O ano é 2114. A humanidade passou os últimos 100 anos estocando ogivas nucleares. E não apenas algumas – 600 bilhões das maiores e mais mortais ogivas que podemos construir. Mais ou menos como a bomba russa Tsar (a maior bomba nuclear já detonada), mas 600 bilhões de vezes mais forte.

Por que? Porque nós decidimos explodir a Lua, e para isso seria necessário o equivalente a 30 trilhões de megatons de TNT.

Quando dizemos explodir, não me refiro apenas a simplesmente explodir. Veja, se você não destruir completamente a Lua, os fragmentos restantes provavelmente vão se aglutinar novamente juntos em um objeto do porte da Lua. Claro, ele não ficará tão bonito ou esférico como a nossa Lua moderna, mas vai ser muito semelhante em seu efeito gravitacional na Terra.

Não, o que nós (ou, mais especificamente, os nossos descendentes) querem fazer é se livrar completamente da Lua. Assim, com seus múltiplos foguetes prontos e esperando para atacar a Lua de todos os lados, eles os lançam para o nosso satélite natural e o explode em pedacinhos. Cientistas de todo o mundo ansiosamente se preparam para uma das maiores (e mais idiotas) experiências de todos os tempos.

Como os fragmentos da Lua são pequenos demais para gravitacionalmente se unirem novamente, eles começam a se espalhar. Em primeiro lugar, um grande número deles viria direção à Terra, criando uma chuva rocha derretida em nosso planeta. Cidades seriam destruídas, países seriam varridos do mapa, e começamos a nos perguntar se explodir a Lua era uma ideia realmente brilhante.

O material restante da Lua entra em órbita ao redor do mundo, formando um anel em torno do nosso planeta. Mas, como os anéis de Saturno, ele não ficaria apenas lá. Periodicamente, para o resto da vida na Terra, meteoritos se desprenderiam do anel e cairiam na superfície. Estamos agora sob constante bombardeio de uma Lua aparentemente vingativa.

Mas não é só. Você já reparou que a Lua está coberta de crateras? Bem, isso é porque ela é bombardeada por meteoritos, que protege a Terra de algumas das rochas que se dirigem em nossa direção. Com a Lua aniquilada, agora estamos também mais vulneráveis ​​à rochas espaciais.

É claro que um dos efeitos mais visíveis da Lua são (ou foram) as marés. Como a Lua não está mais lá, os oceanos do mundo tornariam-se muito mais calmos. O Sol ainda tem um efeito sobre eles (conhecido como maré solar), de modo que os surfistas não ficariam completamente desprovidos de ondas. Mas os oceanos em grande parte se tornariam serenos.

Isto tem um efeito terrível sobre a vida na Terra. Animais que estão atualmente nos oceanos não seriam mais capazes de se mover tão facilmente. A agitação dos oceanos e, assim, a circulação de nutrientes, cessaria. A vida à base de água se esforçaria para sobreviver e, eventualmente, milhares (e provavelmente milhões) de espécies seriam extintas.

A lua também é responsável por cerca de um octogésimo do sistema de massa Terra-Lua. A perda da Lua afetaria diretamente a órbita da Terra, rotação e oscilação. Sem a Lua para agir como um estabilizador, a Terra começa a tremer mais e mais, tumultuando nossas estações do ano e mudando a nossa órbita em torno do Sol de ligeiramente elíptica para massivamente elíptica. Nós agora giraríamos em torno do Sol em uma órbita selvagem, instável e oscilatória.

Enquanto o mundo lamenta a decisão mal aconselhada de destruir a Lua, já é tarde demais para fazer qualquer coisa. Se a humanidade sobreviver ao bombardeio constante a partir dos restos da Lua e outras rochas espaciais, ainda há a erradicação da maioria das outras espécies do globo e, finalmente, as potencialmente catastróficas mudanças sazonais. [SpaceAnswers]

in http://ocientista.com/o-que-aconteceria-se-explodissemos-lua/ acessado em 15/09/2014 - às 15:30 horas.


O QUE ACONTECERIA SE O SOL DESAPARECESSE POR APENAS UM SEGUNDO?

O que aconteceria se o Sol desaparecesse por um momento? Com certeza não seria nada bom. Todas as órbitas dos objetos celestes do sistema solar, é devido a constante aceleração em direção ao Sol, acontece sob a gravidade dele.

Se o Sol desaparecesse, acabaria com todo o efeito gravitacional, assim todos os objetos do sistema solar iriam inciar uma trajetória em linha reta. Pode até parecer pouca coisa, mas cada um desses objetos iriam se mover independentemente, e quando o Sol voltasse suas trajetórias estariam todas modificadas.

Se fossemos para uma escala maior, sem a existência do Sol retiraria o campo magnético que envolve o sistema solar, que nos protege da radiação e partículas que vêm de fora do sistema solar.

Sem esse campo magnético, chamado de heliosheath, a radiação iria entrar no sistema solar, mesmo se restaurássemos o campo magnético do Sol seria pouco provável desviar toda essa radiação. Ela ainda poderia causar problemas em satélites.

Fonte: GizModo
http://www.misteriosdoespaco.com/2014/09/o-que-aconteceria-se-o-sol.html (acessado em 15/09/2014 -as 15:08 horas)

sábado, 13 de setembro de 2014

9 mitos estúpidos sobre o espaço que você precisa parar de acreditar

1. Nós explodimos no espaço

Como muitos dos mitos que se seguirão, essa ideia foi principalmente criada por Hollywood. Muitas vezes, os cineastas não estão realmente preocupados com os fatos. Eles prontamente tomam liberdades com a realidade, a fim de fazer uma cena parecer mais interessante. De filmes, sabemos que no instante em que um ser humano é exposto ao espaço sem uma roupa de proteção, ele é um caso perdido, que, muito provavelmente, vai explodir em um jorro de sangue e tripas (dependendo da classificação do filme).
A exposição no espaço definitivamente vai matá-lo, mas não de imediato, e não de uma maneira tão visceral. Um ser humano pode sobreviver exposto ao espaço por cerca de meio minuto sem nenhum dano permanente. Não vai ser agradável, mas não é uma morte instantânea. Você provavelmente iria morrer de asfixia por falta de oxigênio. Há um filme que retrata isso bem: 2001 – Uma Odisséia no Espaço.

2. Vênus e Terra são idênticos

Vênus é muitas vezes referido como o nosso irmão gêmeo, mas isso não deve dar-lhe a impressão de que é exatamente igual ao nosso planeta. Esta ideia surgiu principalmente quando não tínhamos ideia exatamente de como a superfície do planeta realmente era. Devido à sua atmosfera extremamente espessa, foi somente quando a NASA enviou uma nave espacial para Vênus que descobrimos o quão mortal a superfície do planeta é realmente.

3. O Sol é uma bola de fogo

O Sol é realmente brilhante, não de fogo. Isto pode parecer uma distinção insignificante para uma pessoa comum, mas o calor gerado pelo sol é realmente o resultado de uma reação nuclear, não um produto químico que causa a combustão.

4. O Sol é amarelo

Peça para qualquer pessoa desenhar um sol e ela vai imediatamente pegar o lápis amarelo. Parece o normal. Afinal, nós podemos ir lá fora e olhar para o sol e ele definitivamente parece ser amarelo.
No entanto, vemos o amarelo graças a nossa atmosfera. Se você já viu fotografias da NASA ou imagens semelhantes e o Sol era amarelo lá também, você pode realmente estar certo. Esta imagem que temos de um sol amarelo é tão comum que, por vezes, os astrônomos vão realmente modificar a cor de suas imagens, a fim de torná-las mais reconhecíveis. No entanto, a verdadeira cor do sol é branca. Se algum dia você encontrar com um astronauta ou alguém que foi para o espaço, não hesite em perguntar-lhe.
Independentemente disso, não precisamos ver o Sol para saber de que cor é porque nós podemos dizer a partir da temperatura. As estrelas frias começam com uma cor marrom / vermelho escuro e aumentam de intensidade à medida que ficam mais quentes. Com apenas alguns milhares de graus Kelvin na superfície, ela ficará vermelha. No extremo oposto do espectro, as estrelas mais quentes com uma temperatura de superfície acima de 10.000 Kelvin são azuis. Com uma temperatura de superfície de cerca de 6.000 Kelvin, o Sol está em algum lugar no meio, dando-lhe uma cor branca distinta.

5. A Terra está mais próxima do Sol no verão

À primeira vista, isso parece bastante lógico. No entanto, essa ideia é causada por um mal-entendido sobre o que realmente define as estações do ano. Não é a proximidade com o Sol, é a inclinação do nosso eixo orbital. O eixo sobre o qual o nosso planeta gira é na verdade inclinado para um lado. Quando esse eixo aponta para o Sol, é verão nesse hemisfério. Quando aponta para longe, é inverno.
O que não é um mito, no entanto, é a ideia de que a Terra está, por vezes, mais perto e às vezes mais longe do Sol. Nosso planeta tem uma órbita elíptica (como a maioria dos outros planetas). A distância determinada da Terra para o Sol (conhecida como uma unidade astronômica) é de aproximadamente 150 milhões de km. No entanto, no periélio (ponto mais próximo da Terra ao Sol), a distância diminui para 147 milhões de km, e no afélio (maior distância) sobe para 152 milhões de km. Então, como você pode ver, durante o curso de um ano, a distância entre a Terra e o Sol muda em até 5.000 mil quilômetros.

6. Há um lado escuro da Lua

A ideia de que a Lua tem um lado que é constantemente banhado em escuridão é falsa. A Lua está gravitacionalmente presa com a Terra, o que significa que o mesmo lado está sempre voltado para nós, não para o Sol. Todos os lados da Lua recebem a luz solar em vários pontos.

7. Som no espaço

Filmes raramente acertam o som no espaço. Eu acho que se você está gastando uma fortuna em filmar uma explosão ou uma morte dramática, você definitivamente quer que o público ouça. No entanto, o espaço significa nenhuma atmosfera, o que significa que não há nada para as ondas sonoras se propagarem. Se você ir para outro lugar com uma atmosfera, então haverá som, mas provavelmente vai ser um pouco estranho. Em Marte, por exemplo, o som será mais agudo.

8. Você não pode viajar através de um cinturão de asteróides

Isso todos nós sabemos de Star Wars. Han Solo nos mostrou que ele pilota uma Millennium Falcon através de um cinturão de asteróides mortal e passa para o outro lado, apesar de chances de sobrevivência quase zero. Isso é impressionante… exceto pelo fato de que você também provavelmente poderia fazer a mesma coisa (se você tivesse uma nave espacial útil).
Uma das principais coisas que os filmes são ruins em quando se trata de espaço é retratar com precisão o tamanho. E realmente não é culpa deles. Se eles fossem mostrar as coisas como elas realmente são, eles teriam que mostrar uma tela preta com um pontinho aqui e ali, que era para ser um planeta ou algo assim. A ideia aqui é que o espaço é grande. Muito, muito, muito grande. Mesmo se um cinturão de asteróides tem milhões e milhões de asteróides, você teria que ser a pessoa mais azarada do universo para bater em um. Não é impossível, mas as chances são astronômicas.

9. Você pode ver a Grande Muralha da China do espaço

A Muralha da China não pode ser vista do espaço a olho nu, ainda que o observador esteja na órbita mais baixa da Terra. Ela é muito estreita e foi construída com blocos de pedra cuja cor se assemelha à do solo. Astronautas como Gene Cernam, que viram a muralha lá do alto, precisaram de instrumentos ópticos para isso. [IFLScience]
http://ocientista.com/9-mitos-estupidos-sobre-o-espaco-que-voce-precisa-parar-de-acreditar/   (visitado em 13/09/2014 - às 09:30 horas)

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Dupla tempestade solar ruma à Terra e preocupa cientistas

Combinação rara de eventos solares pode afetar sinais GPS, comunicações por rádio e transmissões de energia. Impactos serão sentidos na sexta e no sábado

Uma rara explosão dupla de tempestades solares magneticamente carregadas vai atingir a Terra nesta sexta-feira, causando preocupações de que sinais GPS, comunicações por rádio e transmissões de energia possam ser interrompidos, disseram autoridades nesta quinta. Individualmente, as tempestades, conhecidas como ejeções de massa coronal, ou CMEs, não justificariam advertências especiais, mas o curto intervalo atípico e sua rota direta para a Terra levaram o Centro de Previsão Climática dos Estados Unidos (SWPC) a emitir um alerta.

Dado ao nível de intensidade geomagnética esperado, essas tempestades "poderão provocar problemas nas comunicações por rádio e sinal de GPS, assim como irregularidades na voltagem da rede de distribuição elétrica", disse Thomas Berger, diretor do centro. Os efeitos seriam mais sentidos nas regiões próximas aos polos, onde as interações com o campo magnético terrestre são mais fortes. "Nós não esperamos nenhum impacto incontornável à infraestrutura nacional, mas estamos acompanhando de perto", acrescentou Berger.

O Sol está atualmente no pico de seu ciclo de 11 anos, embora o nível de atividade esteja menor do que o típico para um pico solar. Tempestades como as que agora rumam para a Terra ocorrem entre 100 e 200 vezes durante um ciclo solar de 11 anos, explicou Berger. Para o cientista, a imprevisibilidade da dupla explosão solar exige uma maior preocupação. "O fato único sobre este evento é que nós tivemos dois em rápida sucessão e as CMEs poderiam estar interagindo em seu caminho para a Terra, na órbita da Terra ou além. Nós simplesmente não sabemos ainda", disse ele. O SWPC estima que os efeitos das tempestades ainda serão sentidos no planeta no sábado.

No lado positivo, os eventos solares devem provocar belas auroras nas regiões polares, incluindo o norte dos Estados Unidos e do Canadá.

Histórico – Em 2012, uma forte tempestade solar quase atingiu a Terra, colocando em sério risco todo o sistema de redes elétricas e ameaçando "reenviar a civilização contemporânea ao século XVIII", revelou a Nasa em julho. A agência espacial americana estima que o impacto de uma tempestade solar como a de 1859 – conhecida como "evento Carrington" – custaria à economia mundial dois trilhões de dólares e provocaria danos sem precedentes em um mundo inteiramente dependente da eletricidade e da eletrônica.

(Com agências Reuters e France-Presse)

http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/dupla-tempestade-solar-ruma-a-terra-e-preocupa-cientistas (visto em 12/09/2014 - às 21:13 horas)