segunda-feira, 19 de março de 2018

Quando o passado me atormenta



Por incrível que pareça, existe um episódio do Chaves (uma série de comédia da televisão mexicana), que lida um pouco com a questão da consciência e da culpa por ter feito algo errado, e ainda é falado sobre perdão. Assista este episódio aqui e vamos conversar um pouco sobre isso! 


Nesta semana, nós e nossas parceiras do blog Conselho para Meninas iremos tratar sobre este tema. Elas escreverão um artigo falando de quando os outros erram conosco e como devemos agir, e aqui falaremos sobre quando nós falhamos com os outros. Assim que o artigo delas sair, você poderá lê-lo aqui.


O que acontece é que nós temos um mecanismo criado por Deus que nos ajuda a lidar com os nossos erros do passado, que é a nossa consciência. A consciência é a capacidade de lidar com julgamentos morais, ou seja, ela não é um anjinho ou um capetinha na nossa cabeça, mas sim um padrão que temos na mente e quando ferimos este padrão, ela nos acusa. Charles Ryrie, um grande teólogo, disse que: “A consciência é uma testemunha interior que diz ao homem que ele deve fazer o que acredita ser certo, não o errado. Ela não ensina o que é certo ou errado, porém nos incita a fazer aquilo que aprendemos ser o correto”.

Darei um exemplo, se você acredita que falar um palavrão é errado, este é o seu padrão, então quando você fala, sua consciência o acusa. Porém, não ter peso na consciência não significa que eu não tenha feito nada de errado, até Paulo ficava esperto com isso (1Co 4.4).

Os tipos de consciência

A Bíblia fala sobre três tipos de consciências ruins:

·                      Fraca – aquela que se sente culpada por algo que não é errado, ela não conhece o padrão (1 Co 8.4-8).
·                     Corrompida – tem um padrão distorcido, a pessoa acha que coisas erradas são certas e coisas certas são erradas (Tt 1.15-16).
·                     Cauterizada – de tanto pecar a consciência se acostumou e nem se incomoda mais (1 Tm 4.1-2).

O objetivo da Bíblia é nos ensinar os valores de Deus para que nossa consciência fique boa, assim ela nos ajudará a perceber o que fazemos de certo e errado. A BOA consciência é a única que cumpre seu papel.

O objetivo desta instrução é o amor que procede de um coração puro, de uma boa consciência e de uma fé sincera. 1 Tm 1.5

Tendo uma boa consciência, agora temos a arma de Deus para nos ajudar a descobrir quando estamos fazendo coisas erradas ou certas. Se acertamos nossa consciência fica limpa, se erramos ela fica culpada.

Por isso procuro sempre conservar minha consciência limpa diante de Deus e dos homens. At 24.16
Sendo assim, aproximemo-nos de Deus com um coração sincero e com plena convicção de fé, tendo os corações aspergidos para nos purificar de uma consciência culpada e tendo os nossos corpos lavados com água pura. Hb 10.22

O que fazer se nossa consciência nos acusa?

Se nossa consciência é boa e nos acusa, sentimos culpa e precisamos lidar com isto. Sendo honesto, lembra que eu disse que existem consciências ruins? Então, é possível alguém sentir culpa por algo que não é errado e alguém que fez algo errado não sentir culpa. É importante ir para a Bíblia e verificar se realmente pecamos.
Francis Schaeffer disse: “Quando um homem peca contra Deus, não tem apenas sentimento de culpa; tem culpa mesmo. Na verdade, ele tem culpa mesmo que não tenha sentimento de culpa”.
Creio que existem três passos que precisamos dar quando descobrimos que pecamos: confissão, arrependimento e restituição.

Confissão e pedido de perdão

Todo pecado é inicialmente contra Deus (Sl 51.4), é preciso reconhecer diante dele nosso erro (1 Jo 1.9), mas também é preciso reconhecer para as pessoas que ofendemos e pedir perdão.

Portanto, se você estiver apresentando sua oferta diante do altar e ali se lembrar de que seu irmão tem algo contra você, deixe sua oferta ali, diante do altar, e vá primeiro reconciliar-se com seu irmão; depois volte e apresente sua oferta. Mt 5.23-24
Mudança de atitude

Já que descobrimos que estamos em pecado, parece óbvio que temos que mudar, mas nem todo mundo faz isso. Lute com todas as suas forças para não cair mais no pecado que te levou até este ponto.

Quem esconde os seus pecados não prospera, mas quem os confessa e os abandona encontra misericórdia. Pv 28.13

Lidar com as consequências

É muito importante estar disposto a lidar com as consequências do seu erro. Quando Jesus falou com Zaqueu, ele se converte, levanta e diz que irá restituir todo mundo que ele tinha roubado. Quando Davi peca e Natã o disciplina, ele arca com as consequências disso, diferentemente de Saul, lá em 1 Sm 15.30 que admite ter pecado, mas faz isso somente para que Samuel o honre diante dos homens.

É praticamente certo que iremos errar com Deus e com as pessoas ao nosso redor. O caminho de Deus é um caminho de restauração, confissão, abandono, acerto e vida nova. Você pode seguir por este caminho e Deus quer ser seu companheiro nele. Ele tem perdão para cada um de nós, independente da área em que pecamos.

in - http://www.jovemcrente.net/2016/08/quando-o-passado-me-atormenta.html - Roberto R.


Quando Fracasso


Você já teve medo de ser um fracassado? Das pessoas olharem para você sem ter nada a admirar ou elogiar? Ou apenas encontrarem bons motivos para afirmar que você não deu certo na vida?  

Para alguns de nós, o fracasso pode ser não passar naquela matéria, não conseguir um bom emprego ou ficar solteiro para sempre. Outros já se sentem fracassados quando veem que os planos que fizeram para suas vidas não deram certo. Para mim, o maior fracasso que eu posso cometer é olhar para trás e não poder dizer: “Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé" (2Tm 4.7)


Infelizmente, viver uma vida cristã de forma integral e diligente não está na lista de prioridades de muitos cristãos, e quando se trata dos jovens, a questão só tende a piorar. Nossa juventude muitas vezes se deixa levar pela filosofia do “carpe diem” e se esquece de que a vida cristã se trata de viver para Cristo e não para nós mesmos. Além disso,a ideia que temos de fracasso muitas vezes está mais ligada ao que pode nos atingir do que àquilo que pode atingir ao Senhor, como nossa conduta e nosso coração.

"Lembre-se do seu Criador nos dias da sua juventude, antes que venham os dias difíceis e se aproximem os anos em que você dirá: 'Não tenho satisfação neles'" (Ec 12.1).

Viver de fato o cristianismo não é algo fácil, Cristo mesmo nunca falou que iria ser. O que ele nos ensina é que devemos ser diferentes do mundo (Ef 4.17-32) e que ele estará conosco quando as coisas estiverem difíceis (Is 41.13). É realmente desafiador ser um jovem cristão autêntico quando o cenário ao redor não é nada animador. Tenho amigos que simplesmente abandonaram a fé, outros que frequentam a igreja, mas têm seus valores completamente moldados por amizades não-cristãs ou pela universidade que frequentam e, ainda, amigos que estão desanimados e feridos e parecem ter dificuldade para permanecer firmes. Vejo claramente a parábola do semeador se tornar realidade e a pergunta que fica é: quem sou eu diante disso e quem eu pretendo ser?

Para poder completar bem a corrida, o combate precisa começar agora. Não quando eu me formar, quando arranjar um emprego, estiver financeiramente estável, casar ou quando já estiver bem velhinha. O erro que muitas pessoas cometem é o de acharem que, por serem jovens, estão isentas da disciplina e do juízo de Deus e de que têm todo o tempo do mundo para se acertarem com ele. A consequência disso tudo é que muitas das pessoas que optam por esse caminho correm um alto risco de viver uma vida de arrependimento ou de nunca realmente se voltarem para Deus. O que você desejará ver quando olhar para o seu passado? Uma vida vivida para Deus ou para satisfazer os seus desejos? E mais, o que você tem visto quando olha para o que já viveu? 

Diante disso, não posso deixar de olhar para mim mesma e avaliar como está o meu relacionamento com Deus e como minhas atitudes refletem isso. Percebo que, para nós, jovens brasileiros do século 21, é muito fácil darmos pequenas desculpas para continuarmos levando uma vida de superficialidade com Deus. Tais desculpas vão desde “estou com pouco tempo” até “estou na era da graça”, mas na realidade estamos mesmo é nos afastando gradativamente de Deus sem ao menos perceber. Deus é muito claro ao nos indicar que um relacionamento superficial e morno com ele é o mesmo que não ter relacionamento algum (Ap 3.16), e não ter um relacionamento íntimo e verdadeiro com ele é o pior de todos os fracassos.  

Lembre-se comigo de alguns personagens bíblicos como os sacerdotes da época de Zorobabel, que iniciaram a reconstrução do templo de Jerusalém em um tempo em que eram escravos e sofriam oposição, mas obedeceram ao Senhor “apesar do receio que tinham dos povos ao redor” (Ed 3.3). Ou como Esdras, que decidiu “dedicar-se a Lei do Senhor e praticá-la, e a ensinar os seus decretos e mandamentos” (Es 7.10). Ou, até mesmo, de personagens mais conhecidos como Paulo, que aprendeu “o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando necessidade.” (Fp 4.12). Quando olho para esses caras e olho para mim, penso: sou uma completa fracassada. 

E essa é a grande verdade: eu realmente sou uma fracassada. Eu gostaria de dizer que tenho coragem de proclamar o evangelho de Cristo na minha faculdade; que não me sinto tentada a ter amizades que parecem ser tão divertidas, mas que carregam princípios tão contrários à Palavra de Deus; que consigo ser uma pessoa calma e sem preocupações, que confia completamente no Senhor; que consigo viver diariamente no "centro da vontade de Deus", meditando constantemente na sua Palavra; mas tudo isso seria uma grande mentira. Diante disso, quem sou eu? Uma grande pecadora!

A verdade é que diariamente preciso lutar contra pecados que sei que desejo cometer, que irão me aprisionar novamente à minha antiga natureza. Tem dias em que a luta é mais fácil de ser travada, mas em outros a batalha é realmente muito difícil e as palavras de Paulo ecoam constantemente em meus ouvidos:

"Não entendo o que faço. Pois não faço o que desejo, mas o que odeio. E, se faço o que não desejo, admito que a Lei é boa. Neste caso, não sou mais eu quem o faz, mas o pecado que habita em mim. Sei que nada de bom habita em mim, isto é, em minha carne. Porque tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realizá-lo. Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo" (Rm 7.15-19).
 

Diante disso, me lembro de que a Bíblia também é feita de Paulos, Davis, Jonas, Tomés e Pedros, de gente "fracassada" e pecadora como eu e você. A grande diferença é que eles foram transformados de fracassados em pecadores arrependidos, e isso fez toda a diferença. E diante disso volto à pergunta que me fiz, quem você pretende ser? 

Eu sei que meu desejo é ser uma pecadora arrependida todos os dias da minha vida, pois somente assim posso chegar ao final com a certeza de ter “combatido o bom combate”, um combate contra o pecado “para que [venhamos] a tornar-[nos] puros e irrepreensíveis, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração corrompida e depravada, na qual [brilhamos] como estrelas no universo, retendo firmemente a palavra da vida. Assim, no dia de Cristo [nos orgulharemos] de não [termos] corrido nem [nos] esforçado inutilmente” (Fp 2.15-16). E mais, posso batalhar tranquila, sabendo que esse combate já foi vencido pelo sangue de Cristo!

Ao olhar para todas aquelas minhas tentações, hoje sei que viver para Deus é muito melhor do que ceder a elas e é isso que me faz permanecer firme. Sei que Deus não me vê mais como uma fracassada, mas como uma pecadora arrependida que se tornou filha dele.  Ao viver essa verdade todos os dias, sei que ao final vou poder dizer: “Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé" (2Tm 4.7).

O evangelho é uma grande chamada ao arrependimento. Tal arrependimento consiste em confessarmos os nossos erros diariamente, reconhecendo que somos falhos e que somente Cristo é capaz de nos perdoar (1 Jo 1.9), por ter se oferecido como sacrifício quando éramos nós quem merecíamos a morte eterna (Rm 6.23). 

O arrependimento verdadeiro produz mudança e quando apresentamos nossas súplicas ao Senhor, ele nos auxilia nesse processo que é chamado santificação. Isso não quer dizer que necessariamente não vamos mais querer fazer o que fazíamos antes, mas que ao olharmos para Cristo, para o seu sacrifício e sua mensagem de salvação, isso falará mais alto do que nossos antigos desejos carnais.

A obra de Jesus em nós foi para que vivêssemos o evangelho de forma constante, não se trata de apenas um período da vida em que Deus "tocou nossos corações" e mudou algumas atitudes, mas de uma vida inteira de transformação em que a mensagem da cruz permeia todas as áreas da nossa vida. 


Se você, assim como eu, se sente fracassado por constantemente ceder a algum pecado, lembre-se de que confessar e abandonar é a melhor saída. Lembre-se de que nesse processo é Cristo, o maior dos maiores, quem luta conosco. É por isso que precisamos depender dele, buscá-lo e nos debruçar sobre sua Palavra que nos lembra onde nosso foco deve estar. E se você percebe que pode estar fracassando na vida cristã, lembre-se de que sempre existe a oportunidade de voltar atrás, se arrepender e tornar a viver de forma a agradar ao Senhor! 

in - http://www.jovemcrente.net/2016/05/quando-fracasso.html


Adeus ansiedade





Quem nunca perdeu o sono com medo da prova no dia seguinte ou já ficou com frio na barriga ao ter de falar em público? Quem nunca suou frio antes de falar com a pessoa de quem está a fim ou ficou com o coração na mão ao imaginar que ia ficar pra titia? Quem nunca teve medo de não passar no vestibular ou até mesmo de não conseguir um emprego? Quem nunca...

Eu poderia escrever linhas e mais linhas sobre situações que tantas vezes nos deixam ansiosos, pois dificilmente não estamos sofrendo por antecipação ou preocupados com coisas que não estão ao nosso alcance. Tudo isso mostra que a ansiedade já faz parte da nossa vida e minha pergunta para você é: o que te deixa ansioso? O que tira a sua paz?


ANSIEDADE

Apesar de tão comum em nossas vidas, a Bíblia considera a ansiedade como um pecado e diz: “Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus” (Fp 4.6).

Pode não parecer, mas a luta contra a ansiedade vai muito além do que imaginamos. Um pecado que consideramos “pequeno” se revela um adversário audaz contra a nossa fé quando percebemos o quanto a ansiedade revela nossa falta de confiança em Deus. A resposta que a Escritura nos dá em Filipenses sobre como tratá-la (com oração, súplicas, ação de graças e apresentando nossos pedidos a Deus) demonstra que uma vida cheia de preocupações é reflexo de um coração pouco dependente do Senhor.

“Por que vocês se preocupam com roupas? Vejam como crescem os lírios do campo. Eles não trabalham nem tecem. Contudo, eu lhes digo que nem Salomão, em todo o seu esplendor, vestiu-se como um deles. Se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao fogo, não vestirá muito mais a vocês, homens de pequena fé? Portanto, não se preocupem, dizendo: ’Que vamos comer?’ ou ‘Que vamos beber?’ ou ‘Que vamos vestir?’” Mateus 6.28-31.

Perceba que as situações que despertam em nós esse pecado estão geralmente ligadas ao temor acerca de coisas que ainda não aconteceram ou que fogem ao nosso controle. É aí que percebemos que um coração ansioso pode ser um coração com receio de entregar o controle de TODA a sua vida aos cuidados de Cristo (Sl 37.5). Ficamos preocupados quando não confiamos que a Palavra de Deus é verdadeira ao nos afirmar que ele tem cuidado de nós (1 Pe 5.7) ou porque não acreditamos que é ele quem sabe o que é melhor. Temos dificuldade em submeter o controle das nossas vidas a ele porque isso resultaria em abrir mão da nossa zona de conforto e de uma aparente estabilidade. No entanto, o que Deus nos diz diante disso é:

“Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará. Descansa no Senhor, e espera nele” Salmos 37.5 e 7a.

SEGURANÇA EM DEUS

A verdade é que confiar no Senhor é um grande desafio, mas um desafio que vale a pena ser vivido. Um vida de plena confiança nele é uma vida sem preocupações ou ansiedades e tem como resultado a paz que vem de Deus, como afirma a continuação do versículo de Filipenses que diz“E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o [nosso] coração e a [nossa] mente em Cristo Jesus” (Fp 7.7). Ao invés de vivermos uma estabilidade apenas aparente, podemos no apoiar no fato de que nossa segurança está em Cristo (Pv 3.23 e 25).

A resposta que devemos dar à ansiedade é uma dependência completa do Senhor. É acreditar e confiar que ele está sendo sincero ao afirmar que se o buscarmos em primeiro lugar em nossas vidas, ele suprirá nossas necessidades (Mt 6.33).

“Portanto, não se preocupem, dizendo: ’Que vamos comer?’ ou ‘Que vamos beber?’ ou ‘Que vamos vestir?’ Pois os pagãos é que correm atrás dessas coisas; mas o Pai celestial sabe que vocês precisam delas. Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas. Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã trará as suas próprias preocupações. Basta a cada dia o seu próprio mal" Mateus 6.31-34.

Aqui cabem duas observações; a primeira é a condicional SE o buscarmos em primeiro lugar. O versículo mostra que todas as coisas nos serão acrescentadas como consequência de um ato anterior: buscar primeiro o seu reino. Assim, é necessário que você faça uma autoavaliação sincera e responda a seguinte pergunta: eu tenho buscado a Deus e o priorizado em minha vida? A segunda observação é que ele promete suprir nossas necessidades e não nossas vontades. Parte de confiar nele é também acreditar que ele sabe o que precisamos e nos suprirá de acordo. 

“Contentai-vos com as coisas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei” Hebreus 13.5b.

Outra coisa que precisamos entender, é que muitas vezes ficamos ansiosos por que nossa vida passa a girar em torno de coisas das quais não precisamos, mas sob as quais colocamos nossa confiança e dependência, quando tal lugar deveria ser de Deus. Pode ser dinheiro, lugares, realizações e até mesmo pessoas. Quando nossa satisfação não está em Cristo, a brecha para a ansiedade está automaticamente aberta.  

“Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida? Se, portanto, nada podeis fazer quanto às coisas mínimas, por que andais ansiosos pelas outras?” Lucas 1.,25-26

LANÇANDO FORA A ANSIEDADE

A boa notícia é que Deus nos chama hoje para entregarmos todos os aspectos da nossa vida a ele; todos os nossos medos, ansiedades, preocupações e desconfianças. Hoje somos chamados, mais uma vez, a darmos adeus à ansiedade e a Deus o nosso coração. Para isso, precisamos nos arrepender da nossa incredulidade e da nossa falta de confiança nle. Precisamos ser humildes o suficiente para admitirmos que não temos o controle das nossas vidas, e devolvê-lo a quem ele de fato pertence. 

“Portanto, humilhem-se debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele os exalte no tempo devido. Lancem sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de vocês” 1 Pedro 5.6-7.

Que nós troquemos a ansiedade das coisas terrenas pelo anseio das coisas do Reino! Que nos disponhamos a tirar o nosso foco das coisas passageiras e ajustá-lo para focar naquele que merece toda a nossa atenção: Cristo Jesus!

in - http://www.jovemcrente.net/2016/07/adeus-ansiedade.html


Depressão - Introdução: lidando com o meu coração


Depressão - Introdução: lidando com o meu coração


A palavra depressão, no geral, é utilizada para descrever uma série de estados emocionais que se manifestam de diversas maneiras, seja por meio do comportamento ou dos sentimentos, e em diferentes níveis de gravidade. Edward Welch, conselheiro e membro do corpo docente da Christian Counseling & Educational Foundation (Fundação de Aconselhamento Cristão & Educação), apresenta a seguinte definição:

“Ela é chamada tecnicamente de depressão, apesar de não podermos expressá-la em uma só palavra. Você se sente entorpecido, mas ao mesmo tempo sua cabeça dói; sente-se vazio, mas ao mesmo tempo há gritos no seu interior; sente-se fatigado, mas os seus medos afluem. Aquilo que antes era prazeroso agora mal lhe chama a atenção. Seu cérebro está como que coberto permanentemente por uma neblina. É como se algo o puxasse para baixo”.

Como podemos perceber, enfrentar esse problema não é nada fácil! Entretanto, como cristãos, devemos encontrar respostas e auxílio para todas as nossas dificuldades na Palavra de Deus. Afinal, o que a Bíblia diz sobre a depressão? Na maioria de suas versões não encontramos o termo depressão, contudo, podemos encontrar diversas histórias que trazem descrições de sintomas que atualmente são relacionadas a ela.

- Jó ficou desanimado por causa de seu sofrimento e sentiu-se incompreendido por seus amigos.
“Minha vida só me dá desgosto; por isso darei vazão à minha queixa e de alma amargurada me expressarei” (Jó 10.1).

- Davi ficou abatido por causa dos efeitos físicos e psicológicos da sua enfermidade.
“Estou encurvado e muitíssimo abatido; o dia todo saio vagueando e pranteando.
Estou ardendo em febre; todo o meu corpo está doente.

Sinto-me muito fraco e totalmente esmagado; meu coração geme de angústia”
(Sl 38.6-8).

Os versículos acima constatam que até mesmo homens que amam e buscam a Deus podem passar por momentos de profunda tristeza. Nós cristãos podemos ficar abatidos, o que não é necessariamente pecado, mas não devemos nos entregar ao abatimento a ponto de desfalecermos. Isso sim é pecado! Em meio a situações adversas e complicadas, devemos nos lembrar de que Deus está presente e no controle de todas as circunstâncias. Algumas pessoas podem estar pensando: “Eu não consigo ser alegre e não me deixar ser controlado pelo abatimento, eu tenho uma personalidade diferente”. A seguinte frase do autor Jerry Bridges responde bem a esse tipo de pensamento:

“Certamente algumas pessoas são mais alegres por natureza do que outras, mas cada cristão deve evidenciar um equilíbrio de todas as virtudes do caráter cristão, independentemente de seu temperamento”.

A despeito de personalidades e temperamentos, manter os olhos fixos no Pai é, não somente a melhor maneira de manter-se longe do desfalecimento, como também a melhor saída para quem já desfaleceu. Jesus disse:

"Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam também em mim” (Jo 14.1).

Essas palavras, além de um conforto para o nosso coração, expressam uma ordem bem clara: Jesus chama os seus discípulos a não permitirem que as circunstâncias os controlem. É evidente que diversos fatores podem contribuir para o abatimento, entretanto, o desfalecimento não é resultado de nenhum deles, mas da nossa impiedade. Precisamos entender que a nossa verdadeira alegria vem de Cristo e, por esse motivo, não se baseia em circunstâncias instáveis, mas sim em um relacionamento estável com Deus. Vale lembrar que na Bíblia, enquanto chorar é permitido, alegrar-se é ordenado:

“Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: Alegrem-se!” (Fp 4.4).

Devemos nos alegrar mesmo em meio a situações complexas, uma vez que podemos ter a certeza de que Deus tem um propósito maior para nós em meio a crises: ele quer que nós nos tornemos mais parecidos com Cristo e que estejamos mais bem preparados para sermos instrumentos dele na vida de outras pessoas. Não conseguiremos enfrentar ou evitar o desfalecimento por nossa própria força de vontade, mas podemos estar sempre alegres no Senhor, se lidarmos com os problemas da forma que ele deseja.

Vale lembrar que para além de suas características temperamentais, as situações que tem passado e sua personalidade, a depressão e suas manifestações podem sim ter relação com fatores orgânicos, como os mencionados pela Prof.ª Dra Márcia Gonçalves, em seu estudo entitulado “Depressão em patologias orgânicas – o melhor é prevenir”:

“As principais alterações químicas que ocorrem no cérebro do paciente envolvem três substâncias: a serotonina, a noradrenalina e a dopamina, em menor proporção. Alguns males, como distúrbios neurológicos, hormonais ou doenças cardiovasculares podem desencadear a depressão. Além disso, medicamentos podem estar relacionados com a doença. Álcool e drogas estão entre os fatores externos que mais causam a depressão.”

Como cristãos temos que entender que não importa a causa da depressão, isto é, se ela é decorrência de um desequilíbrio hormonal ou neurológico, ou se é resultado de uma situação difícil pela qual já passamos ou estamos passando, Deus continua sendo para nós a fonte de auxílio, consolo e capacitação para lidarmos com ela. Essas diferentes causas podem, como já vimos, contribuir para o abatimento, entretanto, o desfalecimento só vai nos consumir se não nos lembrarmos de que não somos controlados por hormônios, por situações ou por pessoas, mesmo que essas sejam coisas que nos influenciam. O fato é que a nossa estabilidade deve estar naquele que habita em nós e dirige cada área de nossa vida.

“Porque, aquilo que a Lei fora incapaz de fazer por estar enfraquecida pela carne, Deus o fez, enviando seu próprio Filho, à semelhança do homem pecador, como oferta pelo pecado. E assim condenou o pecado na carne, a fim de que as justas exigências da Lei fossem plenamente satisfeitas em nós, que não vivemos segundo a carne, mas segundo o Espírito. 

Quem vive segundo a carne tem a mente voltada para o que a carne deseja; mas quem vive de acordo com o Espírito, tem a mente voltada para o que o Espírito deseja. A mentalidade da carne é morte, mas a mentalidade do Espírito é vida e paz; a mentalidade da carne é inimiga de Deus porque não se submete à Lei de Deus, nem pode fazê-lo.

Entretanto, vocês não estão sob o domínio da carne, mas do Espírito, se de fato o Espírito de Deus habita em vocês. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo. Mas, se Cristo está em vocês, o corpo está morto por causa do pecado, mas o espírito está vivo por causa da justiça”(Romanos 8:3-7, 9-10).

in - http://www.jovemcrente.net/2016/09/depressao-lidando-com-o-coracao.html